Williams Araújo
Mutante
Após incontáveis mudanças, a Câmara de Vereadores da Capital modifica mais uma vez sua configuração com a saída de Grazielle Machado (PR), Zeca do PT e Elizeu Dionizio (Sdd). A primeira se elegeu deputada estadual, o segundo a federal, enquanto terceiro, por ser suplente imediato à Câmara Federal, vai assumir a vaga do titular, Márcio Monteiro (PSDB), que preferiu ficar à frente das Finanças de MS.
Essa, nem no vestibular iriam acertar, menos ainda o povão.
Na bica
O Ministério Público Estadual quer colocar a cabeça de mais cinco vereadores de Naviraí a prêmio. Inconformado por eles terem escapado da ‘Operação Atenas’, o órgão recorreu à Justiça pedindo que eles sejam indiciados pelos mesmos crimes cometidos pelos demais, que inclusive, já foram cassados.
Se o MP conseguir indiciá-los, a Câmara poderá ter nova composição em breve, pois a população não vai transigir com o mal feito de seus representantes.
Tempo
Há um silêncio total nesses últimos dias quanto ao comando da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. As últimas notícias sobre o assunto davam como certa uma chapa de consenso e que disputa estaria fora de cogitações entre os parlamentares. O tempo passa, mas nenhuma batida de martelo foi ouvida até agora.
Isso significa que ainda pode haver mudanças no decorrer desses próximos dias. Afinal, presidir o Legislativo com uma milionária receita salta aos olhos de qualquer um.
Sacrifício 1
Todos os partidos que se engalfinham na disputa por cargos nem sempre querem, claro, roubar. Mas também nem sempre estão lá para aplicar a política do partido para aquele setor específico. Exemplo: o PT quer a Casa da Moeda, não porque haja um modo petista de imprimir selos, gravuras e dinheiro.
Pode ser para amparar um militante desempregado ou ainda para que o indicado peça que fornecedores do órgão ajudem financeiramente as campanhas do partido, o que não é ilegal, conforme o colega Ancelmo Góis, de O Globo.
Sacrifício 2
Ainda conforme a nota do colunista, em 2004, a suíça Sicpa, fornecedora de tinta da Casa da Moeda, doou R$ 180 mil à campanha do marido de Benedita da Silva, o querido ator Antonio Pitanga, à Câmara de Vereadores.
Na verdade, o comentário apenas aponta como é que funciona a máquina administrativa tocada pelo povo, lá em cima, aqui e em todos os rincões brasileiros. Em outras palavras: faz parte da cultura política da nação.