Williams Araújo
Faltosos
Nada como viver numa cidade sem problemas. Pelo menos foi essa a impressão passada pelos vereadores da Capital, que logo na primeira sessão do ano refugaram o trabalho para ver a presidente
Dilma. Sobre os petistas é até compreensível devido à questão partidária.
Os demais, porém, nada têm a justificar e deveriam estar vociferando na Tribuna da Casa em favor da população. Nem o tamanho das férias foi suficiente para dar saudade dos embates nas sessões.
Cara dura
O que a coluna publicou recentemente sobre combate à corrupção começou até mesmo antes do previsto. Após investigar e denunciar vereadores de duas cidades do Estado, o Gaeco desmanchou ontem um esquema na Fundação de Cultura montado para desviar dinheiro do FIC.
O negócio vinha sendo praticado há dois anos dentro do órgão e sem que a gestão anterior tivesse tomado medida alguma para combater o roubo. Agora vão ter que explicar ‘tim tim por tim tim’.
Superação
Se fosse aposta de bolão, ninguém acertaria a primeira agenda pública da presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato. Mas, quis o destino, que fosse a terra em que seu candidato perdera a eleição para um tucano, cujo partido foi seu maior rival na eleição presidencial. Como um gentleman, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) aproveitou a ocasião para falar de parcerias e até elogiou a postura da presidente.
Com isso, provou que eventuais sequelas da campanha já foram superadas.
Desenvoltura
Quem não conhecia o perfil político do deputado estadual José Carlos Barbosa (PSB) ficou surpreso com sua boa performance na tribuna da Assembleia Legislativa. Aliás, motivo de elogios por parte de repórteres que fazem a cobertura diária da Casa. Além de discurso fácil, o socialista é bem articulado com seus nobres pares.
Ex-diretor-presidente da Sanesul, Barbosinha, como é popularmente chamado, já foi prefeito da cidade de Angélica.
Faxina
A Mesa Diretora da Assembleia deu início a uma profunda mudança nos gabinetes, exonerando servidores comissionados que mandavam e desmandavam na Casa e só não faziam chover porque não podiam. Não é à toa que até barnabés graduados antigos caíram no choro dia desses na tentativa de sensibilizar os novos patrões, leia-se Júnior Mochi (PMDB) e Zé Teixeira (DEM), presidente e 1º secretário.
Enquanto isso, a romaria é grande no Parlamento Estadual, onde muitos aspirantes aos principais cargos são vistos zanzando pelos corredores palacianos.