10/06/2015 08h40 – Atualizado em 10/06/2015 08h40
A maioria dos caciques políticos continua mais calada do que passarinho na muda quando o assunto é adesão de lideranças em seus quadros partidários visando às próximas eleições municipais. Prefere aguardar o desenrolar da reforma política que tramita no Congresso, cujos pontos principais ainda precisam passar por votação nas duas casas legislativas. A maior preocupação é com a tal de infidelidade partidária, que pune com perda de mandato aqueles que mudarem de partido.
XÔ SATANÁS
Um dos líderes políticos que estão atentos às votações em Brasília é o deputado Marquinhos Trad, dissidente do PMDB. Campeão de votos no último pleito, ele deseja concorrer à Prefeitura de Campo Grande em 2016, mas está sendo ameaçado com ação de perda de mandato. André Puccinelli até manifestou publicamente o interesse de o partido apoiá-lo, mesmo impondo condicionamentos, mas o correligionário rebelde foge mais do PMDB do que o diabo foge da cruz.
CABELO E BARBA
A verdade é que, no maior quieto, Reinaldo Azambuja (PSDB) vai fechando o leque de apoio aos candidatos tucanos em Campo Grande e no interior sul-mato-grossense. A ideia é eleger o maior número de prefeitos e vereadores nas cidades estratégicas do Estado para pavimentar seu caminho de volta ao Parque dos Poderes em 2018. Para isso, sabe que precisa colocar em ordem a ‘herança maldita’ que pegou do antecessor e depois mutilar os rivais em todos os rincões de MS.
GAVETA
O inquérito sobre compra de votos na Câmara de Campo Grande foi arquivado pelo MPE por falta de provas. Em outras palavras, o órgão público engavetou o procedimento preparatório que apurava existência de pagamento a vereadores para que votassem em favor da cassação do então prefeito Alcides Bernal (PP). Segundo parecer dos promotores responsáveis pela investigação, Thalys Franklyn de Souza e Tiago Di Giulio Freire, da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, não há qualquer elemento que comprove a prática.
FUMACÊ
O deputado estadual Barbosinha (PSB) quer uma multa equivalente a R$ 2.127,00 no dono do estabelecimento que vender narguilé a menores de 18 anos. Pelo menos é o que determina projeto de lei de sua autoria, aprovado ontem pela Assembleia Legislativa. De acordo com a proposta, apenas consumidores que comprovarem sua maioridade por meio de documento, poderão soltar fumaça adoidada. A multa pode dobrar em caso de reincidência.