13/06/2015 08h50 – Atualizado em 13/06/2015 08h50
Delcídio e Vander Loubet brigaram pela paternidade da prorrogação do prazo de liberação dos chamados “Restos a Pagar”, dinheiro que o governo Dilma deve aos municípios referente a orçamentos anteriores. As assessorias dos dois petistas se apressaram em divulgar o — digamos assim – pacote de bondades aos prefeitos, que agora tem até o fim de agosto para juntar documentos a fim de receber os recursos.
Só que todos sabem que Vander Loubet é o coordenador da bancada federal em Brasília e foi o responsável em convencer o governo a dar mais uma chance aos gestores públicos.
CONQUISTA
Pelo novo decreto do governo, as prefeituras e instituições responsáveis pela execução das despesas poderão desbloquear os Restos a Pagar desde que, até 31 de agosto, seja iniciada a execução das despesas.
“É uma vitória da bancada federal e dos municípios, que reivindicaram ao governo federal mais prazo para regularizar os convênios com a União e, consequentemente, assegurar o repasse desses recursos”, festejou Vander Loubet.
CACOS
Se depender do irmão, Fábio, Nelsinho Trad deixa o PMDB o mais rápido possível para evitar mais desgaste e humilhação no partido. Sem mandato, mas visto como político promissor, o ex-peemedebista Fábio Trad foi o primeiro a pular fora do barco e procurar outro abrigo para continuar na política. Ainda sem fechar com nenhuma sigla, Fábio tenta reorganizar partidariamente o clã para marchar unido com vistas às eleições municipais do ano que vem.
Marquinhos, o único com mandato, quer ser prefeito.
DANTESCO
O conselheiro do Tribunal de Contas, José Ricardo Cabral, se ‘desaposentou’ sem ter, segundo a Justiça, se aposentado legalmente, e vai voltar a dar expediente na Corte Fiscal até lá sabe Deus quando. Guindado ao cargo por Zeca do PT quando este era governador, Cabral protagonizou um fato histórico naquele poder, mas acabou desfazendo todo o imbróglio que produziu.
Para analistas, tal decisão tem dedo de gente que tem o real interesse em melar uma indicação do atual governador.
CAPENGA
A reforma política aprovada até aqui pelo Congresso Nacional não tem agradado nem a classe política quanto mais a população brasileira. No Parlamento Estadual de Mato Grosso do Sul a chiadeira é grande por conta dos caminhos tomados por deputados e senadores. As duas casas não se entendem e a reforma poderá se transformar num verdadeiro monstrengo.
Pelo andar da carruagem, tudo isso pode ir desaguar no STF. Embora de exclusiva competência do Legislativo, a reforma pode ser judicializada.