05/11/2015 07h54 – Atualizado em 05/11/2015 07h54
As eleições municipais de 2016 continuam uma incógnita para quem tem a pretensão de disputar o cargo de prefeito ou de vereador em Campo Grande. Nomes que aparecem bem posicionados em pesquisas hoje podem estar enrolados amanhã e assim por diante. Com duas investigações paralelas fazendo uma varredura entre aqueles que estiveram ou ainda estão no poder, é possível que possam fazer quem estiver envolvido nos escândalos a dar meia volta e desistir da eleição. Esta é a primeira vez que situação como essa antecede um pleito eleitoral.
DE VOLTA
O vereador José Chadid (PSDB) está de volta ao ninho tucano após ser expulso por contrariar ordens do partido e defender o prefeito Alcides Bernal (PP), de quem foi secretário de Educação. Ao se manter no cargo, não restava outra decisão a ele senão a de apoiar a administração do progressista até o derradeiro momento de sua cassação pela Câmara de Vereadores. Pouco depois, se viu vereador por circunstâncias. Aliás, as mesmas circunstâncias que desfiguraram completamente aquela Casa de Leis nessa legislatura. O eleitor elegeu e o eleito desistiu de representá-lo.
SOMBRIO
O barnabé municipal de Campo Grande que tiver juízo vai economizar ao máximo o salário de novembro para não passar por mais apuros no fim do ano. O aviso do prefeito Alcides Bernal é de que o salário de dezembro, mais o 13º, podem não acontecer dentro do prazo previsto devido à grande crise econômica que assola o país, e por aqui não é diferente. Mesmo com o chamado escalonamento, vai ficar complicado o município manter em dia o pagamento de seu servidor. Até o governo do Estado, que é mais robusto, está lançando mão de aumentos para equilibras as finanças.
ALÍVIO
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) conta com uma arrecadação de R$ 296 milhões a partir da aprovação do pacote de ajuste fiscal aprovado pela Assembleia Legislativa com apoio de 16 deputados estaduais. A ideia do governo tucano é irrigar o fluxo de caixa do Estado, uma vez que a previsão de déficit para 2016 ficará em torno de R$ 700 milhões. A intenção é arrumar as finanças visando investir em prioridades, uma vez que ele recebeu o governo com dívidas de monta, salários em atraso e um verdadeiro cemitério de obras inacabadas.
APLAUSOS
A aprovação dos projetos do governo agradou ao presidente da Assomasul, Juvenal Neto (PSDB), que esteve na Assembleia no mês passado pedindo apoio aos parlamentares. Segundo ele, essa seria a única forma de sobrevida às prefeituras de Mato Grosso do Sul, cuja maioria encontra-se deficitária por conta das medidas econômicas impostas pelo governo federal e, principalmente, devido à queda da receita, decorrente do encolhimento do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) a cada mês que passa.