14/11/2015 07h47 – Atualizado em 14/11/2015 07h47
Pela primeira vez na história política deste Estado um gestor público promete algo durante a campanha e cumpre fielmente tudo que disse logo que assume o mandato. Me refiro ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que, em alto e bom som, bradou aos quatros ventos que iria fazer uma devassa nas contas do governo se eleito fosse. Se elegeu e não deu outra: uma auditoria feita por uma respeitável empresa do ramo descobriu todas as irregularidades existentes e, agora, os frutos começam a ser colhidos.
TOLICE
Espertinhos tentaram enganar o chefe do Gaeco, Marcos Alex Vera, entregando celulares que não eram de uso pessoal e se fingiram de morto. Resultado da displicência ou má fé é que agora vão ter que colocar à disposição do órgão o aparelho que usavam no ano passado, período em que tiveram suas conversas gravadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça. O desembargador Luiz Claudio Bonassini deu prazo de 5 dias para vereadores Carlão (PSB) e Edson Shimabukuro (PTB) entregarem os celulares.
ALERTA
A punição ao ex-vereador Alceu Bueno (PSL) com multa e prisão por compra de votos deve ter acionado o sinal de alerta a mais três de seus ex-colegas na Câmara da Capital. Thaís Helena (PT), Paulo Pedro (PDT) e Delei Pinheiro (PSD) também tiveram seus mandatos cassados pelo TRE/MS pelos mesmos motivos que Bueno, mas se sustentam no mandato com liminar concedida pelo TSE. Diz o ditado que ‘porteira por onde passa um boi, passa uma boiada’. Se tal máxima estiver valendo, está muito perto uma decisão que vai manter ou cassar os três.
CPI
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) criada pela Assembleia Legislativa a fim de investigar eventual ação ou missão do Estado nos casos de violência contra os povos indígenas, entre os anos de 2000 e 2015, começou a juntar provas para saber sobre os casos de mortes registrados durante conflito agrário em Mato Grosso do Sul. Composto por cinco membros, o colegiado foi criado como contraponto à CPI que investiga o Cimi (Conselho Indigenista Missionário ) em âmbito estadual, cujo órgão é acusado de incitar as invasões de fazendas produtivas na região sul do Estado.
RENÚNCIA
Provocado por jornalistas durante o ato de inauguração do Programa Rede Solidária – Unidade Ruth Cardoso, em Campo Grande, FHC voltou a sugerir o afastamento de Dilma, a exemplo que falou durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, no mês passado, quando afirmou que o Brasil “vai mal porque está sem rumo” e que a presidente deveria renunciar ao cargo “com grandeza”. “Então, não é que eu queira que ela renuncie. Aproveite a oportunidade e junte o país, eu estou dizendo a ela. Se, para juntar o país, o preço for eu cair fora, eu caio, mas junta. Foi isso que eu quis dizer. Grandeza é isso. Junta. Eu renuncio se me derem isso, isso e isso”, afirmou.