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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

NO FORNO

08/12/2015 08h11 – Atualizado em 08/12/2015 08h11

Está nas mãos do Procurador-Geral de Justiça, Humberto Brites, todo o trabalho investigativo do Gaeco sobre a Coffee Break, operação desencadeada a partir de gravações feitas pela Polícia Federal sobre a cassação do mandato de Alcides Bernal (PP). Resta a ele analisar o processo e decidir o futuro de políticos e empresários ao denunciá-los à Justiça que, por sua vez, vai analisar para dizer se aceita ou não. As provas levantadas por Marcos Alex Veras e outros promotores, dizem, são bem robustas. Pelo jeito, não vai restar alternativa ao Judiciário senão pesar a caneta.

CERCO

A parte estadual da Operação Lama Asfáltica também concluiu que há indícios suficientes e pediu o indiciamento de 11 pessoas. Entre elas estão o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras do Estado, Edson Giroto, empresários e funcionários públicos estaduais. Na denúncia, foi pedida a devolução de quase R$ 3 milhões aos cofres públicos e o consequente bloqueio de bens de todos os envolvidos no esquema de corrupção. Já a investigação federal da operação deverá ser concluída no ano que vem devido à quantidade de dados a serem analisados.

TRI

Diante de tanta investigação em curso, um nome pode chegar ao tri em denúncias à Justiça. Trata-se do empresário João Amorim, dono da Proteco, que encabeça a lista das operações Coffe Break, Lama Asfáltica Estadual e Lama Asfáltica Federal. Numa delas ele já foi denunciado por corrupção e pode chegar à segunda denúncia ainda este ano. Neste caso, será pelas negociações que envolveram a queda de Bernal. A mais abrangente, porém, está por vir. É a investigação comandada pelo PF, Receita Federal e CGU. Ela pode até tardar, mas garante que não vai falhar.

A DEDO

Afilhado político do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS) é um dos 65 integrantes titulares da comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O colegiado é composto por 65 integrantes titulares e igual número de suplentes indicados pelos partidos de acordo com o tamanho das bancadas. Caberá à comissão proferir parecer pela continuidade ou não do processo, que depois precisará ser votado em plenário.

SANGRIA DESATADA

A presidenta Dilma Rousseff defende a convocação do Congresso Nacional com o objetivo de não haver recesso parlamentar para que a situação criada com a abertura de processo de impeachment contra ela seja resolvida o mais rápido possível. Na opinião dela, “não é correto o país ficar esperando”. Apesar do apelo, a oposição pensa em sangrá-la mais um pouco, até o último suspiro.

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