Destoantes
O deputado federal Zeca do PT não tem falado a mesma língua dos seus correligionários da Assembleia Legislativa. Enquanto ele se aproxima do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), seus colegas preferem ficar na oposição à administração tucana para manter uma posição que, se não fede, também não cheira.
O desgaste do partido é tão evidente que a atuação da bancada no Poder Legislativo acaba sendo híbrida. Com isso, Zeca se firma no cenário político do Estado como um nome de destaque e, com isso, luta por mais recursos em Brasília.
À espera
Que Pedro Chaves vai assumir o mandato do senador Delcídio do Amaral (PT) é fato. O problema, no entanto, é saber quando isso vai acontecer. Entre as idas e vindas do Congresso para tomar tal decisão de cassar o petista vai haver um tempo considerável.
Enquanto isso, o suplente vai mantendo o terno da posse impecável, para lançar mão dele a qualquer momento. Só para lembrar, antes das eleições de 2014, Chaves dava como favas contadas sua ida para Brasília no início do ano passado. Mas como a política costuma pregar peças, tudo aconteceu ao contrário.
De fora
Os deputados estaduais Felipe Orro (PDT) e Mara Caseiro (PMB) mudaram seus domicílios eleitorais para Campo Grande de olho nas eleições municipais de outubro. Ambos dizem que são pré-candidatos a prefeito apostando numa reviravolta na política da Capital após grande desgaste do PMDB, partido que comandou por duas décadas a prefeitura local.
O que ninguém sabe ainda é o que vai acontecer com eles após esse pleito. Quem não lograr êxito na disputa ou até nem entrar nela continuaria com o domicílio por aqui ou voltaria para suas bases eleitorais?
Fortunas
Ex-secretário de Fazenda do então governador Zeca do PT, Paulo Bernardo faz fortuna no ramo da radiodifusão no Paraná, seu estado de origem. Até pouco tempo ministro das Telecomunicações no governo federal, Bernardo, atualmente sem função pública, comandaria, segundo a imprensa paranaense, uma cadeia de pelo menos 12 emissoras FMs em seu estado.
Tal império teria sido obtido graças às concessões feitas, sem critérios poucos claros, pelo próprio Bernardo, em benefício próprio, quando comandou tal pasta.
Máscaras
A prisão na Operação Lava-Jato parece não ter encerrado o ciclo de exposição, na mídia, do senador petista Delcídio do Amaral (PT-MS). Em fevereiro, a imagem dele deverá voltar, com “velocidade de jato”, a ser exibida em todo o país, via TV.
É que, ao lado do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a imagem do senador petista voltará a estar visível aos olhos dos brasileiros, desta vez em forma de fantasia de Carnaval. Uma empresa baiana mandou confeccionar milhares de “rostos” do trio para serem usados por foliões de todo o país.