26/01/2016 07h52 – Atualizado em 26/01/2016 07h52
Não passam de boatos, segundo o ex-governador André Puccinelli (PMDB), as informações, veiculadas nos últimos dias pela imprensa da Capital, de que ele teria feito acordo com o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) para apoiar uma eventual nova candidatura do petebista à prefeitura. Puccinelli admite que encontrou-se na sexta-feira (22) com Trad, mas nega que o encontro serviu para que ele “batesse o martelo” sobre um suposto apoio a Trad na corrida à sucessão do prefeito Alcides Bernal (PP).
PRÓPRIAS PERNAS
Principal apoiador de Trad nas duas vezes em que o agora petebista disputou e venceu a prefeitura da Capital, Puccinelli assinala que, embora por duas ocasiões o ex-prefeito já o tenha procurado para pedir apoio à sua candidatura, o PMDB terá candidato próprio à sucessão de Bernal. O ex-governador também nega que tenha acenado com a possibilidade de vir a fazer gestões junto ao comando do PMDB de Campo Grande em favor da candidatura de Trad.
FILEIRAS
Com a chegada de Beto Pereira ao ‘ninho tucano, o partido passa a ser a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa, perdendo apenas para o PMDB. Mas tudo indica, no entanto, que novos nomes possam seguir o exemplo do ex-pedetista e, assim, fechar amplo apoio ao governo de Reinaldo Azambuja. Com isso, o PSDB começa a se fortalecer visando às eleições de outubro para aumentar sua representatividade nos 79 municípios do Estado. Eleger prefeitos e vereadores significa respaldo em 2018, quando Reinaldo vai participar da última reeleição permitida no país.
SEM APOIO
O prefeito Alcides Bernal (PP) pode ser candidato à reeleição porque tal instrumento ainda é permitido pela legislação eleitoral. Porém, sem o apoio do aliado de primeira hora, PDT, de seu secretário de Governo, ex-vereador Paulo Pedra, que atualmente dirige a sigla brizolista no município. Entretanto, o presidente do partido e deputado federal Dagoberto Nogueira discorda desse seu posicionamento e quer o partido navegando em outra direção. Sem mandato, Pedra não deverá oferecer resistência e vai acatar as ordens do correligionário da esfera estadual.
DE FORA
O processo sucessório da Capital pode afunilar e ter PSDB e integrantes da família Trad como principais oponentes nas eleições de outubro. Tudo porque, PT e PMDB começam a demonstrar sentir os efeitos do desgaste e de escândalos que ainda continuam ocorrendo no plano estadual e federal. Desidratados, as duas principais siglas do Estado podem assistir da arquibancada, pela primeira vez, a disputa pelo Paço Municipal. Ambos devem passar por um processo de reestruturação se quiserem continuar vivos.