26/02/2016 09h15 – Atualizado em 26/02/2016 09h15
Em tempos de Lava Jato, Zelotes, Lama Asfáltica e Coffee Break, fica difícil prever o futuro de políticos e da própria política daqui pra frente. Quem é inocente hoje, pode ser o culpado de amanhã e assim por diante. Uma coisa, porém, é certa: a partir de agora, ninguém vai poder se esconder no manto da impunidade e terá que se explicar à Justiça sobre seus atos. Seria o país passado a limpo? Isso é o que a população brasileira mais espera. A próxima eleição pode fazer uma verdadeira ‘dequada’ na classe.
ATÉ TU
Mais um integrante da bancada sul-mato-grossense no Congresso Nacional também virou notícia ruim. A bola da vez é a senadora Simone Tebet (PMDB), que teve os bens bloqueados pela Justiça Federal para garantir a devolução do dinheiro que teria desviado de obra em Três Lagoas, sua cidade natal e que foi administrada por ela durante um mandato e meio. A ex-prefeita e mais alguns nomes de sua equipe, à época, vão ter que se explicar e, se forem condenados, vão ter que meter a mão no bolso.
ATÉ A PRÓXIMA
A deputada Mara Caseiro se desvencilhou do P doB – partido tido como um apêndice do PMDB – para acompanhar a política tucana do governador Reinaldo Azambuja. Ela sempre foi uma parceira de primeira hora do ex-governador André Puccinelli (PMDB), mas resolveu seguir outro rumo a partir de agora. Sua reeleição em 2018 deve ter pesado nessa decisão. Isso sem falar em alguns benefícios na Mesa Diretora no ano que vem, asseguram interlocutores palacianos.
DE OMBROS
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) disse na quinta-feira (25) que a decisão do ex-governador André Puccinelli (PMDB) de mover ação criminal contra ela por conta de depoimento que ela deu à força-tarefa do “caso Lama Asfáltica”, trata-se puramente de uma decisão “intimidatória”. Disse que as ações de intimidação levadas, segundo ela, a cabo pelo ex-governador, não a farão deixar de atuar na busca pela transparência das ações dos gestores públicos que passaram ou ainda atuam no serviço público da Capital, em especial.
TADINHO
O vereador Alex do PT vê motivação política nas ações que, no fim de 2015, levaram para a prisão o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), acusado de operar para atrapalhar as investigações da Lava-Jato. O vereador sugere que Delcídio foi escolhido como uma espécie de “boi de piranha” pelas autoridades que buscam esclarecer os crimes cometidos contra as finanças da Petrobras, a grande maioria deles, diga-se de passagem, perpetrados por correligionários do próprio vereador e senador. Que dó!