31/03/2016 09h37 – Atualizado em 31/03/2016 09h37
O mais novo integrante da Assembleia Legislativa deve esquentar pouca a confortável poltrona herdada de Barbosinha (PSB) nas sessões legislativas deste ano. Isso porque, ele [Coronel David] será lançado pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo PSC, sigla que tem o deputado federal Jair Bolsonaro como seu líder nacional.
Bolsonaro, inclusive, vem à Capital em abril para impulsionar o nome do pupilo e tentar uma boa colocação, até mesmo, quem sabe, beliscar uma vitória no pleito de outubro. Ele quer popularizar seu nome para concorrer ao Planalto nas eleições de 2018.
ASSIM NÃO
É claro que uma candidatura assim não está no script do governador depois que ele anulou as pretensões do titular da cadeira no Legislativo de se lançar candidato a prefeito de Dourados. Isso conflitaria com os interesses do agora tucano Geraldo Resende. Por aqui, ao que se sabe, as pretensões de Reinaldo Azambuja (PSDB) estão em outra direção e pulverizar candidaturas na Capital não passa por sua cabeça.
Do jeito que as coisas estão, o certo é centrar fogo no nome ungido pelo partido e apostar todas as fichas. Deverá prevalecer a máxima de que ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo’.
EM XEQUE
Após deixar de apoiar o governo de Dilma Rousseff (PT), o qual ajudou a construir a partir de 2010, o PMDB vai passar por uma prova de fogo nas eleições municipais de outubro. Se por um lado facilitou um possível impeachment da petista, por outro deixou a sensação de que é adepto do fisiologismo, pecha que nenhum político ou partido quer carregar.
O partido que já foi das “Diretas Já” e se manteve gigante até aqui, não convence mais o povo brasileiro. Mas tudo isso deverá ser pesado e medido em outubro, oportunidade que o povo vai às urnas.
MENOS UM
Para analistas, apesar de representar uma “reforma forçada”, a ida de Barbosinha para a Secretaria de Segurança é estratégica para tirá-lo da disputa pela prefeitura de Dourados, segundo maior reduto eleitoral de Mato Grosso do Sul, onde o PSDB tem como candidato o deputado federal Geraldo Resende.
Barbosinha analisava a possibilidade de concorrer à sucessão do prefeito Murilo Zauith (PSB) com apoio de várias lideranças políticas estaduais, entre as quais, do deputado estadual Zé Teixeira (DEM), que inclusive o convidou para se filiar ao Democratas.
EUFORIA
Simone Tebet (PMDB-MS) comemorou o rompimento do PMDB com a base do governo da presidente Dilma. Na terça, a senadora acompanhou a reunião na Câmara, quando o diretório nacional do partido oficializou a decisão e exigiu a saída dos ministros e a entrega de todos os cargos.
“O PMDB honra os seus 50 anos de história de luta pela democracia e, ouvindo as ruas, garante com essa decisão que possamos votar com independência e consciência pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff”, disse.