20/04/2016 09h47 – Atualizado em 20/04/2016 09h47
RISCO
Sem fortes opções, o PMDB aposta na sorte para disputar as eleições municipais de outubro em Dourados, segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. Após o desmanche provocado com saída do grupo político do deputado federal Geraldo Resende para o PSDB, o partido do ex-governador André Puccinelli deve indicar o deputado estadual Renato Câmara como candidato a prefeito.
Câmara tinha como principal reduto eleitoral a pequena cidade de Ivinhema, onde já foi prefeito, mas decidiu aterrissar em Dourados após receber expressiva votação nas eleições de 2014.
BOI DE PIRANHA
Ciente de que irá para o sacrifício no próximo pleito, o próprio Câmara admite a possibilidade de participar da campanha eleitoral deste ano atendendo apelo da cúpula regional do PMDB.
“Não era minha intenção disputar as eleições municipais, mas como o partido aprovou minha pré-candidatura e fui aceito por todos, encaro essa missão de criar um grande projeto para a população douradense”, afirmou o deputado em recente entrevista.
FIO DA NAVALHA
O novo procurador-geral de Justiça vai assumir o comando do MPE com uma batata quente nas mãos para descascar. Será dele, Paulo Cezar dos Passos, a missão de dar prosseguimento às operações ‘Coffee Break’ e ‘Lama Asfáltica’, ambas em curso no órgão. Nas duas, é bom lembrar, aparecem nomes de peso da política sul-mato-grossense, grampeados pela Polícia Federal com autorização da Justiça.
Na primeira, já deu afastamento de ex-presidente da Câmara e condução coercitiva de outros vereadores. Na segunda, já teve gente que viu o sol nascer quadrado.
ENSAIO
Com sua vaga na área social do governo já devidamente preenchida, a vice-governadora Rose Modesto (PSDB) deve estar formatando um projeto para Campo Grande caso venha ser a escolhida do partido para a missão. Seu afastamento do cargo se deu dentro do prazo previsto na legislação eleitoral, o que demonstra que os tucanos contam com ela para uma eventual candidatura.
Embora tenha sido a campeã de voto para a Câmara de Vereadores, isso por si só não basta para ela chegar lá. No entanto, a força do partido, aliada à boa gestão de Azambuja pode ser o ingrediente que falta.
BI
Quem imagina que os gritos de ‘Fora Cunha’ teriam sido ouvidos pela primeira vez na história está redondamente enganado. Lá pelos idos de 92, em plena ebulição do processo de impeachment de Collor, o Sindicato dos Trabalhadores em Comunicação do Rio de Janeiro já exigia a saída dele da presidência da companhia telefônica estadual do Rio de Janeiro.
Hoje, o ‘Fora Cunha’ é uma hashtag, e o ex-collorido da Telerj, Eduardo Cosentino da Cunha, se tornou o poderoso presidente da Câmara dos Deputados. E segundo analistas, caso Temer assuma a presidência, ele fica.