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domingo, 24 de novembro de 2024

TOC TOC TOC

11/05/2016 09h24 – Atualizado em 11/05/2016 09h24

A alvorada de muita gente ontem em Campo Grande não foi das melhores. O toque de despertar foi feito por nada mais nada menos que agentes da Polícia Federal que cumpriam ordem judicial sobre a Operação Lama Asfáltica. Denominado de ‘Fazendas de Lama’, numa referência a propriedades adquiridas com dinheiro público, essa nova fase da investigação busca descobrir onde foram parar os mais de R$ 2 bilhões desviados dos cofres do Estado. Em torno de 15 pessoas foram presas temporariamente para ser ouvidas sobre esse desvio bilionário.

NÓDOA

A ação da PF sobre desvio de dinheiro na gestão de André Puccinelli impõe duro golpe às pretensões do PMDB de lançar candidato à prefeitura da Capital. O desgaste da ação policial à sigla vai refletir e muito nos discursos dos peemedebistas daqui pra frente. Com isso, o partido fica numa posição semelhante a do PT, que também vive dias de dureza com acusações e prisões na Lava Jato. Pelo jeito, uma onda de moralização começa a se agigantar no país contra quem não dá destinação correta ao dinheiro do povo. São os novos tempos que sopram na direção certa.

LEITURA

A investigação da Polícia Federal dentro da Operação Lama Asfáltica identificou ainda que há indícios de R$ 13 milhões desviados na compra de livros paradidáticos pelo governo do Estado. O período que compreende esse inquérito é de 2012 a 2014. O material, segundo divulgou força-tarefa da PF, CGU (Controladoria Geral da União) e Receita Federal em coletiva de imprensa ontem, nem chegaram a ser distribuídos aos estudantes. A compra desses livros custou aos cofres públicos R$ 29 milhões.

EFEITO DOMINÓ

Após essa investida contra a corrupção em Mato Grosso do Sul, quem deve estar com as barbas de molho são os envolvidos na Coffee Break, operação desencadeada pelo Gaeco após gravações comprometedoras da PF envolvendo vereadores e empresários. O caso está nas mãos do atual chefe do Ministério Público Estadual, recém-empossado no cargo. O processo em questão já produziu milhares de páginas com degravações das conversas obtidas com o confisco dos celulares dos suspeitos. Resta agora ao MPE denunciar o caso à Justiça. O povo aguarda o resultado.

ROLO-COMPRESSOR

Deu “chabu” na sessão de ontem da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga se o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) banca as invasões de terras em Mato Grosso do Sul. Defensor da causa indígena, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) chegou atrasado, quando o relatório do colega Paulo Corrêa (PR) já havia sido aprovado pelos demais membros. Como o desejo do petista era apresentar voto em separado, uma vez que defende o órgão, disparou contra os colegas. O horário britânico do colegiado foi chamado de golpe e traição.

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