15/07/2016 08h17
Apesar de esforço hercúleo para tentar salvar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da forca, Carlos Marun (PMDB-MS) não teve o reconhecimento do partido quando da indicação do nome para suceder o presidente afastado após sua renúncia. O PMDB decidiu por nomes de outros estados mais influentes no Congresso Nacional, mas também não teve sucesso na hora do voto.
Deu Rodrigo Maia (DEM-RJ) com apoio de grandes e pequenas siglas. Cabe agora ao PMDB engolir a derrota e massagear o ego do democrata, para não prejudicar o governo de Michel Temer (PMDB-SP).
SOB SUSPEITA
Por falar em Câmara Federal, ficou muito difícil escolher um nome acima de qualquer suspeita para comandá-la a daqui pra frente. O escolhido, Rodrigo Maia, já teve o nome citado na operação Lava Jato como um dos beneficiários de repasses da Construtora OAS, empresa envolvida até o pescoço no esquema da Petrobras.
É bom lembrar que o carioca teve o apoio dos deputados de Mato Grosso do Sul no segundo turno da eleição. Já aos fichas-limpas restam a certeza de que nunca vão lhes dar a oportunidade de gerir a Casa.
URTICÁRIA
As eleições e aproximam e ninguém arrisca um palpite sobre os desdobramentos da operação Coffee Break. O total silêncio não incomoda somente aos curiosos, mas principalmente, aos vereadores citados nas gravações em poder de Justiça. Quem é candidato à reeleição está sem saber se bota o bloco na rua ou espera mais um pouco algum movimento lá pelas bandas do Parque dos Poderes.
Uma coisa, no entanto, é certa: os suspeitos dificilmente vão conseguir ser bem recebidos pela população em tempos de corrupção desenfreada.
FRACASSO 1
Apesar da pressão e de ter anunciado em seu site oficial que o governo federal liberaria uma verba adicional de 1% do Fundo de Participação dos Municípios, na última sexta-feira (8), o lobby da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) fracassou, frustrando assim a expectativa de prefeitos dos 5.570 municípios brasileiros que já contavam com os recursos para sanear as finanças no fim do mandato.
Essa questão foi tratada durante a reunião ocorrida na quarta no Palácio do Planalto entre os dirigentes de associação de municípios, entre os quais, o presidente interino da Assomasul, Antônio Ângelo (DEM), o Toninho da Cofapi, e o presidente Michel Temer (PMDB-SP).
FRACASSO 2
Em vez do repasse de 1%, o governo federal creditou na conta das prefeituras apenas 0,75%, que representam R$ 2,705 bilhões para distribuição entre os municípios brasileiros.
Esse percentual (0,75) dá o direito aos municípios de Mato Grosso do Sul dividirem apenas R$ 40.172.917,65 (milhões), fora outros 0,25% que deveriam ser creditados na conta das prefeituras na semana passada, conforme sonhou a CNM.