23/07/2016 08h46
Mesmo que o PMDB se coligue a outro partido na proporcional, em Campo Grande, terá dinheiro suficiente do Fundo Partidário para bancar sua chapa de candidatos a vereador. Esse aumento foi aprovado no ano passado pelos congressistas depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu barrar as doações da iniciativa privada às campanhas políticas. Dessa forma, as grandes legendas devem levar nítida vantagem sobre as demais em razão dessa verba a mais. O que faltar, os interessados deverão pedir socorro aos amigos particulares.
SEM CHORO
Agora é um salve-se quem puder para a turma da Lama Asfáltica depois que a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Federal. Pegos com a mão na botija, vão ter que explicar tim tim por tim tim todo o dinheiro desviado de obras em Mato Grosso do Sul. Vai ser nessa hora, segundo analistas, que as delações premiadas podem pipocar por todos os lados e atingir mais gente envolvida. Dizem que até figuras com cargos de relevância no Estado estão entre os possíveis delatados. As apostas já começaram para saber quem vai abrir o bico primeiro.
ESPREITA
Comenta-se nos bastidores que o PMDB deverá ir a reboque do PSDB na eleição para prefeito da Capital. Essas especulações ganharam força depois da desistência do ex-governador André Puccinelli em disputar o cargo. Acuado pelas graves denúncias em sua administração, ele não viu outra saída senão a de sair de cena, ao menos por enquanto. Com futuro político incerto, André deve se concentrar nos noticiários diários para não ser pego de surpresa novamente. Quanto à coligação, é bom esperar pra ver. Afinal, o dinamismo da política é grande.
LAVA JATO
Ministério Público Federal denunciou à Justiça o ex-presidente Lula, Bumlai, Delcídio, o banqueiro André Santos Esteves, o ex-assessor do ex-senador de MS, Diogo Ferreira Rodriguez, o advogado Edson Siqueira Ribeiro Filho, e o filho de Bumlai, Maurício Barros Bumlai. Todos são acusados de “agirem irregularmente para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato”.
AÇÃO PENAL
O caso já havia sido denunciado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, em dezembro do ano passado. No entanto, em decorrência da perda de foro privilegiado do ex-senador envolvido, Delcídio, e também pelo fato de o crime ter ocorrido em Brasília, a denúncia foi enviada à Justiça Federal do Distrito Federal. Com essa redistribuição, o MPF do DF foi acionado para se manifestar sobre a ação penal e concluiu pela confirmação integral da denúncia prévia do PGR.