26/07/2016 08h55
Muita estranha essa história de vazamento de informações a um desembargador do Tribunal de Justiça envolvendo investigações em curso do Ministério Público Estadual. A princípio, uma assessora confessou que partiu dela a carta enviada ao magistrado. Depois, que um assessor de vereador e marido dessa assessora teria sido o emissário do documento entregue.
Devido ao segredo imposto ao caso, a polícia investiga com muito cuidado esse imbróglio para não parar no meio do caminho. A verdade de tudo isso, no entanto, precisa vir à tona.
DE FORA
Já há fortes questionamentos sobre a não inclusão de alguns nomes na lista dos denunciados sobre a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP). À época, tiveram vereadores que votaram pela queda do progressista e depois elegeram-se a outros cargos, permanecendo assim, fora do foco das investigações.
Um dos mais curiosos sobre esse assunto é o ex-governador André Puccinelli (PMDB), também suspeito de ter participação no esquema. Em sua defesa entregue à Justiça, ele pediu esclarecimentos sobre essas ausências nesse rol.
VIAJOU
Em seu blog, jornalista de Mato Grosso do Sul deu uma inflada nos custos dos vereadores da Capital, chegando a estratosféricos R$ 2,3 milhões anuais cada. Em recente pesquisa, o custo mensal de cada um para o bolso do cidadão chegou a R$ 160 mil mensais, o que corresponderia a R$ 1.920 mi.
No entanto, seja para mais ou para menos, o certo é que é muito dinheiro jogado em cima de pessoas que esquecem o dever de ajudar o cidadão e vivem a fazer politicagem por aí. Não é à toa que grande parte deles está tendo que se explicar à Justiça.
CONVENÇÃO
Meio que acanhado, o PT marcou para o dia 5 de agosto a convenção na qual deverá homologar o nome do vereador Alex do PT para disputar a prefeitura de Campo Grande. Antes, porém, o partido se reunirá no próximo sábado (30) para discutir essa possibilidade e também a proposta de integrar uma frente esquerda feita pelo presidente regional do PDT, deputado federal Dagoberto Nogueira.
Com as convenções liberadas desde último dia 20, dois partidos já oficializaram as candidaturas de Athayde Nery (PPS) e Adalton Garcia (PRTB).
REVÉS
A fala do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que não existe compromisso do governo federal em cobrir eventual saldo devedor dos estados neste ano preocupa os governadores, principalmente Reinaldo Azambuja (PSDB) de Mato Grosso do Sul.
Segundo o ministro, a União irá prestar apoio aos estados somente se houver espaço na meta fiscal, calculada em déficit primário de R$ 170,5 bilhões. Justamente na ora em que os governos estaduais mais precisam da mão amiga de Temer (PMDB-SP), porque com Dilma foi só prejuízo.