08/09/2016 08h50
O silêncio que impera em torno da operação Lama Asfáltica deve incomodar os implicados no rombo milionário encontrado pela Polícia Federal, Receita e Controladoria Geral da União, hoje Ministério da Transparência. No entanto, a qualquer momento, dizem, nova fase dessa investigação deve ser deflagrada por essa força-tarefa para desvendar toda a trama orquestrada com o objetivo de desviar dinheiro público. Uma parte desses recursos já foi bloqueada pela Justiça.
CALAFRIOS
Por falar em operação, outra que pode ter sequência a qualquer momento é a Coffee Break. Nessa, os suspeitos são, em sua maioria, vereadores de Campo Grande. Boa parte deles, inclusive, é candidata à reeleição no dia 2 de outubro, mas com chances incertas. Tudo que eles não querem neste momento é que a Justiça aceite a denúncia do Ministério Público e os transformem em réus. Caso isso aconteça, eles terão que repensar muito na continuidade de suas campanhas.
PIADA
É só o Brasil mesmo para produzir fatos insólitos como esse do ‘Japonês da Federal voltar a escoltar presos da Lava Jato. Condenado pela Justiça por facilitar o contrabando e com os passos guiados por tornozeleira eletrônica, Newton Ishi foi guindado ao seu antigo posto de agente da lei. Como ele vai explicar essa aberração aos que conduz até o xilindró se também está sujo perante a lei. Bem, se a Justiça permite essa excrescência, quem somos nós para questionar.
AQUI JAZ
Parece piada, mas até defuntos doaram para candidatos na campanha eleitoral deste ano em todo país. O engraçado é que mesmo com o rigor da lei, 34% das doações de campanha foram consideradas irregulares, conforme atesta o TCU (Tribunal de Contas da União). A Corte entregou relatório ao TSE que identificou 38.985 doadores com indícios de irregularidades em contribuições feitas a candidatos na disputa municipal deste ano. O número representa 34% do total das 114.526 pessoas que doaram.
BOM FILHO…
Magnata sul-mato-grossense, José Carlos Bumlai voltou para a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, na terça-feira (6). Amigo do peito de Lula, Zeca do PT e Delcídio, o pecuarista foi alvo da 21ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em novembro de 2015, e está em prisão domiciliar desde março deste ano devido ao tratamento contra um câncer na bexiga. Responde pelos crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Como se vê, a ficha corrida do poderoso é extensa, mas, mesmo assim, não entrega a “companheirada”.