29/11/2016 08h17
Os prefeitos eleitos de Mato Grosso do Sul vão iniciar suas gestões com conselhos de como gastar menos e contratar com mais qualidade os serviços em seus municípios. Quem deu o recado foi o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durante evento ocorrido ontem no Tribunal de Contas. O órgão também aproveitou a oportunidade para orientar os novos gestores a administrarem em sintonia com as exigências emanadas da Corte no que se referem à prestação de contas.
ALERTA
Já o presidente do TCE, Waldir Neves, foi direto ao ponto e deu recado duro aos prefeitos que tomam posse em 1º de janeiro. Segundo ele, muitos dos atuais gestores podem ter problemas sérios com a Justiça por erros em suas prestações de contas. Ele alertou que encontros como esse eram feitos sempre no fim dos mandatos, mas que com essa onda de moralização do país, o TCE decidiu reunir todos para que eles não cometam os mesmos erros. Melhor prevenir do que remediar.
SALIVA
Deflagrada com certa antecedência, a eleição para a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa vai dar muito pano pra manga. Pelo jeito, um consenso passa longe das pretensões de quem deseja assumir aquele poder pelos próximos dois anos. Quietinho em seu canto, Júnior Mochi (PMDB) deve costurar apoio para uma eventual reeleição. De outro lado, porém, nomes tucanos também se movimentam em torno do assunto e não devem ceder facilmente. A conferir.
CONFAZ-MS
Durante reunião na sexta, na Assomasul, o Confaz-M/MS avaliou como de extrema dificuldade a situação das finanças municipais ao longo do ano, porém, se diz confiante na recuperação da receita a partir de 2017, mesmo com as projeções pessimistas do setor econômico do país. Para o presidente da entidade, Silvano Livramento, 2016 foi um ano difícil para as prefeituras devido à crise financeira do país, principalmente pela queda do repasse do FPM e o não cumprimento das contrapartidas federais para o custeio dos programas sociais.
IMPACTO
A maior reclamação do Confaz-M/MS é que os municípios foram os mais afetados com a crise, mesmo os gestores públicos tendo adotado as medidas de prudência recomendadas pela situação, como corte nos gastos, incluindo meio expediente de atendimento nas prefeituras e outras medidas de contensão de despesas. Segundo eles, a origem do problema é antiga, quando as atribuições das prefeituras se multiplicaram, mas a fonte de recursos não seguiu o mesmo ritmo.