13/12/2016 07h53
A coisa anda tão feia lá pelas bandas do Planalto Central que até o nome do ex-presidente Lula voltou a aparecer, e bem, nas pesquisas de intenção de voto para 2018. Em parte, porque as delações da Odrebrecht acertaram em cheio o núcleo duro do governo de Michel Temer (PMDB-SP). Por outro lado, também está embutido o desgaste pela reforma da previdência e pela PEC que limita os gastos públicos. As reações contrárias a esses pacotes vieram de todos os lados e em forma de protestos.
ALÍVIO
Pelo jeito, quem está implicado na Coffee Break vai poder passar as festas de fim de ano numa boa, uma vez que não há mais tempo hábil para que a Justiça analise e decida se aceita ou não a denúncia do MPE.
O processo contém cerca 40 mil páginas, o que deve demandar tempo até que o magistrado responsável pelo caso forme juízo sobre as provas existentes nos autos. Mas uma coisa é certa: se aceitar o pedido da acusação, muita gente vai precisar se explicar muito bem.
ELOS
Já a operação Lama Asfáltica anda um pouco mais depressa e ainda é uma incógnita sobre a próxima etapa a ser deflagrada. No entanto, há quem diga que essa lentidão nas investigações tem uma explicação plausível. É que quando os agentes começam a descobrir alguns caminhos que possam levá-los a desvendar toda a trama, acabam percebendo que a coisa é bem maior do que parece e novas diligências precisam ser orientadas. O que sabe de antemão é que o rombo é gigantesco.
REFORÇO 1
Em visita ao Nordeste, o presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), confirmou a liberação de parte do dinheiro repatriado do exterior, referente às multas, para os municípios brasileiros, num total de R$ 5 bilhões, dos quais, R$ 81 milhões serão destinados às prefeituras de Mato Grosso do Sul. A notícia foi comemorada pelo presidente da Assomasul, Juvenal Neto (PSDB), que tem acompanhado as articulações em torno da liberação dos recursos junto ao governo federal.
REFORÇO 2
Juvenal Neto considera importante a transferência dos recursos no momento em que os prefeitos estão empenhados no pagamento da folha de pessoal, incluindo o décimo terceiro salário dos servidores públicos municipais e se preparam para fechar as contas no fim do ano. Até então, o governo federal havia aceitado dividir os recursos da multa somente com os estados.