25/01/2017 07h10
Em entrevista ontem em Campo Grande, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) admitiu pela primeira vez fazer campanha atrelada ao deputado federal Zeca do PT, de quem é primeiro, na corrida pelas duas vagas do Senado em 2018. O peemedebista até reconheceu a rivalidade partidária e ideológica com o líder petista que sonha com o cargo, mas garantiu que não vê nenhum impedimento caso esse seja o desejo baseado em interesses comuns de grupos.
MEIO CAMINHO
Aliás, Moka disse ter percorrido o mesmo caminho do primo xiita quando eles se envolvem em projetos de interesse na agricultura familiar em Mato Grosso do Sul, por isso não descarta a possibilidade de estarem juntos no mesmo palanque pedindo votos para o Senado, ano que vem. Apenas para refrescar a memória, os dois políticos, apesar de adversários antigos, nunca chegaram aos extremos ao longo de suas carreiras públicas, embora divergentes.
LUDIBRIADOS
Depois que a população já escolheu seu representante na Câmara de Vereadores descobre que ele trapaceou com sua consciência. No entanto, o eleitor também teve sua parcela de culpa ao aceitar os favores oferecidos. Foi mais ou menos isso que aconteceu em Ladário, onde a Polícia Federal enjaulou um deles por ter cometido vários crimes durante a eleição. Agiotagem, compra de votos e até fraude em programa social do governo estavam no rol da cafajestagem.
INVISÍVEIS
Sobre compra de votos, essa ainda é uma praga a ser combatida duramente pelas instituições ligadas à Justiça Eleitoral. A prática acontece em todos os lugares, mas são poucas as denúncias que efetivamente conseguem provar o crime. Enquanto isso, os endinheirados entram na disputa com a certeza de que vão obter a vaga pretendida. Exemplos de casos como esses são tão comuns que passa a impressão de que ninguém fiscaliza coisa alguma. É só observar que encontra.
ACELERADO
Quem esperava um retardamento no trabalho das delações premiadas que estavam sobre a mesa de Teori Zavascki tiveram uma grande decepção. A presidente do STF, Carmen Lúcia, mandou os juízes auxiliares dele que prossigam na tarefa de validar as denúncias do grupo Odebrecht. O que está registrado lá pode até derrubar a República e gente de republiquetas envolvidas no maior escândalo da história desse país. Dizem que políticos de sete Estados estão nesse meio.