01/02/2017 06h59
Estava até demorando, mas o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foi pego com a mão na botija, fazendo as mesmas presepadas de alguns de seus colegas. Segundo O Globo, usou dinheiro público para custear parte das despesas que teve na visita que fez ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha na prisão em dezembro do ano passado. A reportagem encontrou nacota de atividade parlamentar de Marun a emissão de uma passagem aérea no trecho Curitiba-Porto Alegre e de uma diária em hotel na capital paranaense.
PRISÃO
Ainda segundo a reportagem do jornal de circulação nacional, Marun esteve com Cunha no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Grande Curitiba (PR), no dia 30 de dezembro do ano passado. A passagem paga pela Câmara foi emitida no dia 29 de dezembro para o trecho Curitiba-Porto Alegre, no valor de R$ 327,58, pela companhia aérea Azul. A informação consta nos dados da cota do parlamentar do mês de dezembro. Jurou devolver R$ 1,2 mil entre passagens e hospedagens.
PÂNICO
As delações da Odebrecht homologadas pela presidente do STF, Carmen Lúcia, correm em segredo de Justiça. Mas a grande imprensa tem trazido à tona diariamente nomes de dezenas de políticos que estariam envolvidos nas propinas pagas pela empresa. E o que é pior: integrantes do núcleo do governo estariam todos comprometidos, sem falar, é claro, no próprio presidente Michel Temer (PMDB-SP). Se todos eles estiverem mesmo encrencados, não vai sobrar ninguém para apagar a luz.
BANDEJA
Tanto o governo do Estado quanto à prefeitura da Capital vão precisar enxugar a máquina administrativa para não passar sufoco com a folha de pagamento. A crise aguda que afeta o país pode exigir que seus gestores tenham que ir mais além, ou seja, cortar gastos em outras frentes para que nenhuma obra ou ação que seja de interesse do povo sofra solução de continuidade. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) já sinalizou nessa direção e cabeças devem rolar a partir deste mês.
CONQUISTA
A deputada Tereza Cristina Corrêa da Costa (PSB-MS) vai comandar a bancada do partido na Câmara Federal depois de obter 22 votos de um total de 36. Ela derrotou seu colega Tadeu Alencar (PSB-PE) e vai dar as cartas a partir de agora nos assuntos em que a sigla precise se posicionar. Ela se elegeu em 2014, depois de ter sido secretária de Agricultura e Pecuária de André Puccinelli (PMDB), seu grande guru político. Deve ser fiel a ele em embates futuros.
