21/02/2017 08h01
Engana-se quem pensa em desgaste do governado de Reinaldo Azambuja (PSDB) com as medidas amargas a que está sendo obrigado a tomar. Primeiro, porque posições semelhantes já vêm sendo adotadas em outros Estados e pelo próprio governo federal. Segundo, porque o povo prefere ver a máquina em movimento à emperrada na inércia, sem perspectivas de seguir o rumo desejado por todos.
Isso, talvez, pode ser o passaporte do governo tucano para sua reedição em 2018.
NECESSÁRIO
É evidente que a palavra ‘demissão’ assusta neste momento de crise profunda pela qual o país passa. E, certamente, o governador não está insensível a tudo isso. Mas como diz antigo ditado: ‘ninguém faz uma omelete sem quebrar os ovos’. Sem esses cortes drásticos, a economia de Mato Grosso poderia se tornar insuficiente para manter-se em desenvolvimento. A crise não é para a vida toda e, quando acabar, o Estado estará suficientemente capacitado para a retomada do crescimento.
A CAMINHO
A reforma pela qual passa o governo de MS vai servir de parâmetro também para outros poderes da estrutura organizacional do Estado. A Assembleia Legislativa, por exemplo, já anunciou o corte de 250 funcionários comissionados, além de outras medidas de redução de gastos na Casa. Na esteira dessa contenção de gastos devem vir os municípios. Afinal, grande parte deles depende exclusivamente de repasses constitucionais. Enxugar seus quadros será preciso.
GÁS
Reinaldo Azambuja (PSDB) será recebido em Brasília nesta terça-feira (21) pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), com quem deve discutir e tentar reverter à queda na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o gás natural importado da Bolívia pela Petrobras. A agenda do governador com o presidente visa evitar que o Estado continue perdendo cerca de R$ 700 milhões por ano em arrecadação de ICMS, dos quais 25% são divididos entre os municípios.
MANIFESTO
Centrais sindicais, confederações, federações e sindicalistas de trabalhadores por todo o país estão na luta contra a emenda constitucional 287/2016, da reforma da Previdência, que chegou ao Congresso em dezembro de 2016 e tramita em caráter de urgência. Agendaram para os dias 6 e 7 de março audiência pública em Brasília a fim de discutir o assunto e nos dias 30 e 31 de março, convocação da CNTC, para esclarecer todos os pontos da proposta do governo, suas consequências e a real situação da previdência social no Brasil.