02/06/2017 09h41
Um “limpa” na Secretaria de Fazenda pode ser, talvez, a alternativa do governador Reinando Azambuja (PSDB) depois dessas gravações que pipocam sistematicamente na imprensa. Os nomes aparecem até com sobrenomes nas gravações feitas pelo empresário João Alberto Berger com o emissário José Ricardo Guitti (Polaco). Reinaldo já avisou que quem supostamente cometeu desvios de conduta que pague pelos atos.
Sem reajuste
A não concessão de aumento salarial ao funcionalismo público estadual será outra grande dor de cabeça que governador Reinaldo Azambuja terá que enfrentar. Embora ele tenha argumentos fortes que justifiquem essa tomada de decisão, os sindicatos já falam em greve geral e grande pressão para que o tucano recue dessa decisão. Uma coisa, no entanto, é certa: Azambuja não vai meter os pés pelas mãos e inviabilizar as finanças com tamanha crise pelo qual atravessa o país.
Dilema
Alias, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul discutiu na sessão da última quinta-feira (1) um dos assuntos que têm causado muita polêmica nos últimos dias depois que Reinaldo Azambuja sinalizou ser praticamente impossível a concessão de reajuste salarial para os servidores públicos estaduais. Ocorre que enquanto o governo defende a prática da economia, deputados que integram a oposição pressionam em favor da reposição salarial da categoria.
Lenha na fogueira
Por causa desse impasse, algumas categorias se mobilizam favorável a uma paralisação em sinal de protesto contra o que chamam de arrocho salarial. O deputado estadual Cabo Almi (PT) fez um apelo na tribuna para que seja oferecida pelo menos a reposição inflacionária. “Vou entrar com uma ação judicial para receber no futuro as perdas salariais referentes ao atual governo. As famílias dos funcionários públicos ficarão no prejuízo e os profissionais irão trabalhar sem motivação”, ameaçou o petista.
Enrascada
Quem começa a ficar enrolado com as delações da JBS é o pessoal envolvido na Lama Asfáltica. A tabela que era usada por eles bate com a planilha da denunciante, informada à Procuradoria-Geral da República durante a delação do executivo Valdir Boni, homem forte da empresa na região Centro-Oeste. Essa constatação foi exposta pela Controladoria Geral da União no pedido de prisão de André Puccinelli (PMDB) entregue à 3ª Vara da Justiça Federal, que ficou na fiança e na tornozeleira.