21/09/2017 07h36
Nova fase
Parece que o cenário político local começa a se desenhar no campo das candidaturas depois que os “irmãos trapalhadas” do Grupo JBS foram pegos na mentira. O próprio governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que andava em silêncio sobre o processo sucessório, já fala em reeleição. Em recente visita a região do Bolsão o tucano foi exaltado por vários prefeitos que se dizem contentes com seu trabalho. Resta saber qual será seu principal rival, uma vez que André Puccinelli (PMDB) é uma incógnita.
Reforma (?)
A Câmara aprovou, em segundo turno, a Emenda à Constituição que cria uma cláusula de desempenho para as legendas terem acesso ao fundo partidário já a partir do ano que vem, mas o fim das coligações partidárias somente a partir de 2020. Isso depois de todo o desgaste, discussões, emendas e, claro, muita moagem política. Ou seja, em 2018 fica tudo como dantes do quartel de Abrantes.
Revés
O engraçado é que ao apreciar o texto-base da PEC da reforma, no início deste mês, os deputados aprovaram o fim das coligações partidárias já a partir do ano que vem. No entanto, ao analisar os destaques na quarta, o plenário aprovou uma proposta para adiar para 2020 a nova regra. Com isso, será mantido o sistema atual na escolha de deputados federais e estaduais nas eleições do ano que vem.
Imobiliária
Pelas regras atuais, deputados federais, estaduais e vereadores são eleitos no modelo proporcional com lista aberta. A eleição passa por um cálculo que leva em conta os votos válidos no candidato e no partido. Esse cálculo chama quociente eleitoral. O modelo permite que os partidos nanicos e de aluguel se juntem em coligações.
Arranjo
Pelo cálculo do quociente eleitoral, é definido o número de vagas que cada coligação partidária terá direito, elegendo-se, portanto, os mais votados das coligações. Esse sistema falho e injusto adotado há anos no País permite que um candidato menos votado seja eleito em detrimento de quem teve mais voto.