17/10/2017 07h41
Intermediação
Atende pelo nome de Ivanildo da Cunha Miranda o empresário sul-mato-grossense que teria intermediado suposto esquema de pagamento de propina a políticos locais, segundo delação premiada do doleiro Lúcio Funaro. Ele citou o agropecuarista do Estado como a pessoa que recebia e esparramava o dinheiro sujo oriundo da corrupção governamental do Palácio do Planalto durante o governo do PT.
Operação
Essa não é a primeira vez que o empresário Ivanildo da Cunha Miranda é citado. De acordo com a Polícia Federal, ele foi alvo de buscas na quarta fase da operação Lama Asfáltica, que apura desvio de recursos públicos do governo do estado entre 2011 e 2014, quando André Puccinelli era governador. No depoimento à Procuradoria-Geral da República, Lúcio Funaro também disse que Ivanildo era o operador de crédito para Joesley Batista em Mato Grosso do Sul.
Notas frias
Na delação feita em maio de 2017, Joesley Batista disse que Ivanildo recebeu R$ 5 milhões da JBS em um esquema de emissão de notas fiscais frias. O esquema teria beneficiado outras pessoas de Mato Grosso do Sul, entre empresários e políticos. Além do escritório, Ivanildo tem várias empresas em Mato Grosso do Sul. Ele é dono de uma distribuidora de bebidas em Corumbá
Corporativismo
O plenário do Senado deve decidir ainda esta semana, provavelmente nesta terça-feira (17), se Aécio Neves (PSDB-MG) vai continuar afastado do mandato e proibido de sair de casa à noite. Aliados do tucano estudam adiar a análise do caso, se perceberem que o número de senadores não estiver suficiente para derrubar as medidas impostas pelo STF. Simone Tebet (PMDB-MS) defende o colega com unhas e dentes.
Pelas costas
O deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), que já andou de braços e abraços com Temer (PMDB-SP), quando o político era vice da presidente Dilma, agora quer a cabeça do peemedebista na bandeja. “Mesmo se não passar na CCJ, o Plenário da Câmara precisa garantir que a Justiça possa ser feita. São malas de dinheiro e denúncias novas todos os dias. Os deputados têm a obrigação constitucional de permitir o andamento das investigações”, sugere, referindo-se a nova denúncia contra o presidente que será votada pela Câmara.