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sábado, 23 de novembro de 2024

Premonição

10/11/2017 07h53

Premonição

O silêncio do empresário Wesley Batista durante depoimento à CPMI da JBS tirou a paciência dos membros do colegiado. O magnata que colocou lenha na fogueira e chamuscou muita gente em nível nacional e nos estados, como aqui em MS, se recusou a responder perguntas de deputados e senadores, usando o direito constitucional de permanecer calado. “Alguém tem dúvida de que a organização capitaneada também pelo Wesley cooptou um procurador da República?”, perguntou o relator da CPMI, Carlos Marun (PMDB-MS), em sinal de irritação.

Voa beija-flor

Mais calado do que passarinho na muda, o silêncio de Wesley diante das perguntas fez com que o presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), anunciasse que vai pedir à Justiça a revogação da delação premiada dos controladores da JBS. Somente para refrescar a memória de muitos, quando resolveu abrir a boca “indevidamente” insinuou ter dado propina a Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).

Rejeição

Durante votação no Congresso, a base aliada manteve o veto presidencial ao texto que cria o Fundo Especial de Financiamento de Campanha e extingue a propaganda partidária no rádio e na televisão. Os artigos vetados pelo presidente Michel Temer tratavam da divisão dos recursos do fundo entre os partidos políticos e o rateio do dinheiro entre os candidatos durante a campanha. Já era de se esperar!

Saco sem fundo

Outro veto na pauta do Congresso suspende pontos da lei 13.485/2017, que parcela e concede descontos às dívidas previdenciárias dos estados e municípios. Temer vetou o chamado “encontro de contras” entre as prefeituras e a União alegando que isso poderia gerar créditos a receber pelos municípios. De interesse da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), o veto só deve ser apreciado dia 22, coincidentemente data da mobilização nacional de prefeitos organizada pela CNM (Confederação Nacional de Municípios).

Pirão

Na verdade, os prefeitos querem apenas que o governo reconheça que o governo federal também tem dívidas com as prefeituras e promova um abatimento. “Os municípios têm créditos e têm débitos. Nossa proposta é que o saldo devedor seja parcelado. É uma questão de justiça. O governo só quer receber a parte dele, e não quer pagar o que deve. Os municípios não têm a mínima condição de pagar um saldo devedor maior do que devem”, disparou o deputado Herculano Passos (PSD-SP). É como diz o velho ditado: “Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.

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