19/01/2018 09h33
Chapa única (?)
A indecisão política em torno da disputa pelo governo de Mato Grosso do Sul por conta principalmente do imbróglio jurídico envolvendo alguns pré-candidatos pode revelar um cenário atípico nas eleições deste ano. Para analistas, dizer que se desenha uma campanha com chapa única seria exagero, mas o processo caminha para algo semelhante com a participação de apenas um candidato favorito. O recuo iminente do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e a eventual desistência do juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT) devem dar margem a essa leitura.
Mosca azul
Por enquanto, Odilon continua com a estratégia brizolista capitaneada por Carlos Lupi e Dagoberto Nogueira, cardeais nacional e estadual do PDT, de dizer por onde anda que é candidato ao governo do Estado. No entanto, já começa a dar sinais deque seu projeto político é mesmo o Senado, por acreditar ter maior chance diante dos números das pesquisas de intenções de voto. Ainda assim, o neopedetista não encontrará tanta facilidade assim em sua caminhada como imagina, segundo analistas.
Peso pesado
Apesar do silêncio estratégico comumente usado em campanhas eleitorais, o ex-deputado estadual Londres Machado (PR) continua conversando com suas bases eleitorais e com dirigentes partidários visando o próximo pleito. Nos bastidores, o cardeal republicano tem aconselhado muita gente sobre os rumos da política, envolvendo candidatos aos cargos majoritários e proporcionais. Especialistas acreditam que para onde ele pender dificilmente um partido perderá a disputa. A tendência – dizem – é unir o PR ao PSDB de Reinaldo Azambuja.
Risco
O governo Temer ainda não honrou o compromisso assumido no fim do ano de liberar R$ 2 bilhões como parte do chamado AFM (Auxílio Financeiro aos Municípios), dos quais as prefeituras de Mato Grosso do Sul têm direito constitucional a mais de R$ 29 milhões para divisão proporcional aos moldes do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). A preocupação dos prefeitos é que a Medida Provisória que prevê a transferência dos recursos está na iminência de vencer, no momento em que o Planalto está mais preocupado agora com a barganha política em torno da aprovação da reforma da previdência.
Desvios
A CCJ do Senado analisará proposta que destina às áreas da Saúde e Educação os recursos públicos que tenham sido desviados e recuperados por meio de ação judicial. Do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), o texto já foi aprovado pelas comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE) e de Assuntos Sociais (CAS).
Pelo projeto, os recursos recuperados serão destinados, em proporções iguais, ao FNDE (Fundo Nacional de Saúde e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).