21/04/2018 10h56
Willams Araújo
Lombo grosso
O ministro da Secretaria de governo, Carlos Marun (MDB-MS), não perdoou o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pré-candidato ao PSB ao Planalto. “Joaquim Barbosa é elegível, mas não penso que será uma boa solução. O Brasil não precisa de candidaturas personalistas. Não precisa de salvadores da pátria, de gente que se filia a partido político na véspera do prazo legal”, disparou em evento em Recife (PE).
Na surdina
Barbosa filiou-se discretamente ao PSB no dia 6 de abril, no limite do prazo legal para poder disputar um cargo eletivo. Nessa quinta-feira ele se reuniu pela primeira com os governadores e a cúpula da legenda em Brasília, mas não confirmou sua intenção de entrar na campanha. Vale lembra que o PSB foi o partido que defenestrou a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), acusada da traição.
Denúncia
Principal interlocutor político de Temer, Marun afirmou que não vê possibilidade da Procuradoria Geral da República apresentar a terceira denúncia contra o presidente e reafirmou que o emedebista disputará a reeleição. “Não vejo possibilidade de uma terceira denúncia. Esse decreto dos portos não beneficia a Rodrimar. Tudo isso é uma novela que não vai chegar a lugar nenhum. É a investigação de um assassinato onde não existe cadáver. Tentam retroagir na busca de um cadáver. Não existe preocupação com a 3° denúncia”, afirmou.
Aventura
Marun também classificou como uma “aventura” as candidaturas presidenciais de Marina Silva (Rede), Lula (PT), Joaquim Barbosa (PSB) e Jair Bolsonaro (PSL). Apesar de reafirmar que Temer vai disputar a reeleição, o ministro não descartou que o MDB e o governo apoiem um candidato de outro partido, mas condicionou o apoio. “Aquele que desejar o apoio do governo deve assumir essa condição. Não estamos aqui para oferecer tempo de TV”.
Sem Vontade
Sobre a pré-candidatura presidencial do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), Marun não afastou a possibilidade do MDB apoiá-lo, mas disse considerar difícil essa hipótese. “O ex-governador até agora não apresentou essa vontade (de defender o governo). Se mudar de atitude, não está afastada a hipótese dele ser nosso candidato”.