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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Efeito dominó

30/04/2018 10h49

Willams Araújo

Efeito dominó

O fato de a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal), o retorno da prisão preventiva do ex-deputado federal Edson Giroto, do empresário João Amorim e mais seis alvos da Operação Lama Asfáltica, que investiga desvio milionário de dinheiro público em obras estaduais, preocupa gente graúda da política sul-mato-grossense. Afinal, o gesto dela pode acabar jogando uma ducha de água fria nas pretensões eleitorais de grupo político.

O bom filho…

Dodge quer suspender a decisão da quinta turma do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que concedeu habeas corpus aos oito investigados pela Polícia Federal, que tiveram decreto de prisão preventiva expedida pela 3° Vara Federal de Campo Grande. Além de Giroto e Amorim, estão neste processo Elza Cristina Araújo dos Santos, Flávio Henrique Garcia Schrocchio, Raquel Rosana Giroto, Ana Paula Amorim, Wilson Roberto Mariano e Mariane Mariano de Oliveira.

Castigo

Edson Giroto, aliás, além de voltar à prisão, poderá encerrar de vez o seu projeto de disputar às eleições de outubro para deputado federal. Justamente no momento em que ele, com o dedinho do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), deu uma rasteira no ex-deputado estadual Londres Machado, tomando-lhe o comando do PR em Mato Grosso do Sul. É como se diz o ditado: nada como um dia atrás do outro.

Desespero

Em nova carta escrita da prisão, o ex-presidente Lula voltou a questionar as ações do juiz Sérgio Moro, que decidiu manter sob sua jurisdição as ações que envolvam o líder petista. “Fiquei perplexo ao saber que o Moro e o Ministério Público não vão cumprir a determinação do STF”, diz Lula à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em trecho divulgado pela colunista Daniela Lima, na Folha de S. Paulo. “Que país é esse em que uma instância inferior desacata a superior, em que um juiz de primeira instância desacata os ministros da suprema corte?”

Processos

Na terça-feira, a maioria dos ministros da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu enviar as delações da Odebrecht que envolvem o ex-presidente para a Justiça Federal em São Paulo, retirando-os da alçada de Moro. O juiz de Curitiba, contudo, afirmou na quinta-feira que aguardaria a publicação de acórdão do STF antes de decidir sobre a possível ida dos processos contra Lula para a capital paulista

Efeito dominó

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