26/06/2018 08h09
Willams Araújo
Velinhas
O alto tucanato celebrou na segunda-feira (25) 30 anos de fundação, mas publicamente ninguém do partido em Mato Grosso do Sul alardeou o aniversário da dissidência que se insurgiu contra os métodos fisiológicos do quercismo, então dominante no velho PMDB, hoje MDB. O foco mesmo do PSDB está no projeto de reeleição do governador Reinaldo Azambuja e na montagem das chapas de candidatos aos cargos proporcionais (Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados).
Nota
O PSDB, que nasceu com a proposta de centro-esquerda e hoje está mais para “direitona” no cenário político nacional, se coloca hoje entre as siglas com menor índice de confiança dos eleitores: 3%, segundo o instituto de pesquisa Datafolha, contra 19% do PT, que responde por escândalos mais ruidosos e tem tantos dirigentes presos, inclusive o ex-presidente Lula. No entanto, é condenado por analistas por ter se juntado ao PMDB de Temer para apoiar o impeachment de Dilma.
Roça
Depois de ficar por uns dias mais calado do que passarinho na muda, desde o puxão de orelha que levou do presidente Temer por detonar a pré-candidatura de Henrique Meirelles ao Planalto, o ministro Carlos Marun (MDB-MS) voltou à carga total. Desta vez, fazendo previsões sobre a Operação Lava Jato. Acha que se as investigações sobre o acordo de delação firmada pelos executivos da J&F se aprofundarem, mais gente será denunciada. Só não sabe o risco de envolvimento de correligionários em solo sul-mato-grossense.
Convergindo
É que depois de ver suas pretensões caírem por terra e sua popularidade em declínio, Temer passou a fazer elogios ao ex-ministro Henrique Meirelles e defende ser importante para o fortalecimento do MDB lançá-lo na disputa ao Planalto. Inclusive, jantou semana passada com Aécio Neves (PSDB-MG) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) para falar sobre a possibilidade de união do Centro, o que justifica o silêncio de Marun nos últimos dias.
Renúncias
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) defendeu as novas regras já aprovadas na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2019 que obrigam o governo a acompanhar o resultado das isenções e renúncias fiscais e que as limitam em 5 anos. No Senado há informação de que o governo abriu mão de R$ 270 bilhões em renúncias, valor que cobriria o déficit deste ano de R$ 159 bilhões. Ao defender as novas regras, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) cobrou o fim de benefícios para empresários.