29/06/2018 07h46
Willams Araújo
Decadência
A desconfiança da classe política é tão grande que o “não voto” lidera disparado à corrida sucessória ao Palácio do Planalto. A mais recente pesquisa Ibope/CNI aponta que 41% do eleitorado brasileiro votariam em branco, nulo ou nenhum dos candidatos. Para piorar o cenário, o amigo do peito de Zeca do PT, o ex-presidente Lula lidera com 33%, mais que o dobro das intenções de voto em Bolsonaro (15%). A sorte é que o presidiário deve estar inelegível.
Prestígio
Ex-vereador por Campo Grande, Américo Nicolatti prestigiou na noite de quinta-feira a solenidade de posse de Cleiton Freitas Franco na presidência da Loja Maçônica Harmonia e Verdade 4.427, federada ao GOB-MS (Grande Oriente do Brasil, Mato Grosso do Sul). Morando atualmente em São Paulo, o ex-parlamentar fez questão de voltar a Capital para prestar suas homenagens ao seu ex-assessor, que hoje é diretor-presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho).
Se ficar…
O ministro-chefe de Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse esperar que as investigações do MPF (Ministério Público Federal) que apuram irregularidades no acordo de delação premiada de executivos da J&F avancem sobre o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e seu então chefe de gabinete, Eduardo Pelella. “Espero que investigações prossigam porque tenho convicção de que mais gente da antiga cúpula da PGR deve explicações e acho que, se as investigações se aprofundarem, provavelmente outros também serão indiciados”, disse.
Se correr…
Como deputado, Marun foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o caso no ano passado. Na época, ele cogitou sugerir o indiciamento de Janot, mas recuou após repercussão negativa. Na segunda-feira (25), o MPF denunciou o ex-procurador Marcello Miller e o empresário Joesley Batista por corrupção.
Convicção
Marun afirmou ter “convicção” de que Janot sabia que os executivos já haviam iniciado tratativas com a PGR um mês antes da data do áudio, diferentemente do que o ex-procurador-geral relatou. “Dá para acreditar que delação como essa estivesse acontecendo sem que o procurador-geral soubesse? Queria perguntar a ele, tanto que o chamei na CPI, mas ele não foi, não compareceu. Sou do tempo que quem cala, consente”, afirmou.