13/07/2018 08h39
Willams Araújo
Mãos à obra
Preso, cassado do Senado e expulso do PT, Delcídio do Amaral já pensa em voltar a política depois que o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal Criminal no Distrito Federal, o absolveu da acusação de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. A ideia dele é recorrer ao STF para tentar anular os efeitos da inelegibilidade da cassação do seu mandato para pode participar das eleições deste ano. Se conseguir, deve dizer que o ‘senador de todos voltou”.
Presente de grego
Se conseguir tocar campanha este ano, Delcídio o fará pelo nanico PTC, que lhe ofereceu abrigo político mesmo antes da decisão judicial. O então senador foi preso na Operação Lava Jato, sob acusação de oferecer dinheiro para Cerveró fugir do país e não fechar acordo de delação premiada. Por essa legenda, terá de conviver com ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC-AL), um dos 74 senadores que votaram pela sua cassação.
Arrancada
O deputado federal Vander Loubet (PT-MS) deu, no último dia 10, a largada de sua candidatura à reeleição, movimentando toda a cúpula petista. Contou com rasgados elogios do tio coruja, Zeca do PT, em pré-campanha ao Senado. “O Vander e os demais pré-candidatos do PT a cargo de deputado federal defendem um partido forte na Câmara Federal para poder ajudar Lula na Presidência em 2019”, discursou sabendo que o líder petista está inelegível por ter sido condenado a mais de 12 anos de prisão.
Pitaco
Sem papas na língua, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), deu o seu prognóstico a respeito do possível apoio de partidos de centro à candidatura do brizolista Ciro Gomes (PDT-CE). “A união do Centrão com Ciro Gomes seria como cruza de cobra com porco-espinho. O resultado só pode ser rolo de arame farpado”, disparou o representante de Mato Grosso do Sul no governo capenga de Temer.
Acabaxi
Os prefeitos terão de engolir mais essa bucha depois que a Câmara aprovou a Medida Provisória 827/201, que aumenta o piso salarial dos Agentes Comunitários de Saúde. De acordo com o texto, o piso atual de R$ 1.014,00 passará a ser de R$ 1.250,00 em 2019 (23,27% de reajuste); de R$ 1.400,00 em 2020 (12%); e de R$ 1.550,00 em 2021 (10,71%). “Se compararmos com IPCA desde 2014, data do último reajuste, até maio de 2018 o déficit acumulado é de 26,35%. Neste sentido o aumento proposto é bem superior”, queixam-se.