Por algum motivo que deve ser esclarecido, os ditos “analistas’ erram sistematicamente nas suas análises e investigações, fazendo erros e divagações grosseiras
Eduardo Haddad Lane*
Em geral, as operações de combate a corrupção se baseiam no tripé = Relatórios de Inteligência – Interceptações e quebras de sigilos (fiscal, bancário e telemático) – Analise do Patrimônio.
Assim sendo, qualquer Comandante da PMMS está sujeito a ter seus sigilos quebrados quando da apreensão de listas feitas por “gerentes” do contrabando de cigarro, mesmo que não se ache o termo de apreensão ou não se saiba oficialmente de onde essa tal lista vem.
Tal situação deixa o comandante de OPM com uma Espada de Dâmocles sobre a cabeça, podendo ser retirado de seu posto de comando ao bel prazer do “Analista de Inteligência” do GAECO e ter sua imagem exposta sem qualquer prova cabal de corrupção, num claro abuso de poder.
Na ultima operação, denominada “Avalanche” pelo GAECO, os analistas fazem varias citações aos investigados, “decifrando” e “nomeando” quem seriam os policiais militares nas tais listas.
Por algum motivo que deve ser esclarecido, os ditos “analistas’ erram sistematicamente nas suas análises e investigações, fazendo erros e divagações grosseiras.
Ao ler os autos, depreende-se:
– Os ditos analistas não conseguiram achar a localização, ou não quiseram achar, de uma chácara pertencente à um Policial Militar em Nioaque que, segundo análise deles, seria um entreposto de material contrabandeado;
– Os ditos analistas, ao fazerem a análise de uma lista apreendida, indicam erroneamente que o Cmt de uma OPM seria determinado Oficial. É então efetuada a devassa na vida deste Oficial para, ao final, “descobrirem” que à época da apreensão da lista, o Oficial que comandava a OPM em questão, pasmem! Era outro! Só pode ser porque os policiais militares lotados no GAECO não devem ter tido acesso ao SICOE!
– Os mesmos ditos analistas não descobriram, ou não quiseram descobrir, que a chácara de 50 hectares em Aquidauana, em frente a Aldeia Limão Verde, que acusam de indicativo de lavagem de dinheiro de propina em 2017, está em posse do Coronel PM HADDAD desde de 2010, sendo somente escriturada em 2017;
– Os mesmos ditos analistas não descobriram, ou não quiseram descobrir, que de 2009 a 2019 o Coronel PM HADDAD encontrava-se separado da atual esposa;
– Os mesmos ditos analistas não descobriram, ou não quiseram descobrir, que no local informado nas conversas de contrabandistas encontradas em seu e-mail, foram apreendidas 3 carretas de cigarro nos 2 meses seguintes. E que aquela informação, coletada por um Batalhão da PMMS, já havia sido divulgada à outras Agências de Inteligência. E essa informação, trabalhada pela Inteligência do DOF, resultaram nas apreensões acima.
Já basta!!
A PMMS não pode ser capitaneada ao bel prazer dos analistas de inteligência lotados no GAECO. Já passou da hora de se apurar e punir os erros que são cometidos por tais analistas!
O que pode ser feito para aqueles que tiveram sua vida destruída e ao final são absolvidos (sempre por “Falta de Provas”)? NADA!!
No caso específico do Coronel PM HADDAD, a mera suposição de que possa estar envolvido com contrabandistas de cigarros já ofende.
– O Coronel PM Haddad é simplesmente o recordista de apreensões de cigarro dentre todos os Diretores do DOF (GUARDEM ESSA INFORMAÇÃO!), mesmo com cerca de 29 Policiais Militares a menos que o antecessor;
– Foi o Coronel PM HADDAD que abriu as portas do DOF ao GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), órgão de fiscalização do Ministério Público;
– Quando a frente do DOF, o Coronel PM HADDAD produziu vasto material de inteligência a respeito de contrabando de cigarros no Mato Grosso do Sul, subsidiando várias Promotorias e inclusive ao GAECO;
– O Coronel PM HADDAD recolocou viaturas do DOF para trabalharem na região de Naviraí (GUARDEM ESSA INFORMAÇÃO!).
Analisando as suposições de que o Coronel PM HADDAD estivesse envolvido com Organização Criminosa quando a frente do DOF é ridícula.
Nas suposições do GAECO, subsidiadas pelos ditos “Analistas de Inteligência e que fundamentam sua prisão preventiva e a busca e apreensão em sua residência, o Coronel PM HADDAD receberia a quantia de R$ 150.000 (cento de cinquenta mil reais) por mês. Fazendo uma conta simples, nos cerca de 25 meses que ficou à frente do DOF, ele teria recebido R$ 3.750.000,00 (três milhões, setecentos e cinquenta mil reais). O GAECO faz ilações a respeito.
Quem o conhece sabe que o Coronel PM HADDAD tem os mesmos bens imóveis desde 2010, quando da aquisição da Chácara em Aquidauana. Somente uma casa no Bairro Nova Campo Grande e uma Chácara. SOMENTE!!! Mesmo Patrimônio encontrado hoje pelo GAECO.
Os carros são financiados, sendo um HRV ano 2018 e uma Hilux SW4 ano 2009.
Quem o conhece sabe que o Coronel PM HADDAD nunca viajou para o exterior (sequer tem passaporte), NÃO TEM hábitos caros, NÃO TEM fazendas, não tem relógios Rolex de 25 mil reais, NÃO TEM carros de 240 mil reais, NÃO TEM aplicações milionárias, NEM sequer casas de 8 milhões (GUARDEM ESSAS INFORMAÇÕES!!).
Da analise do patrimônio do Coronel PM HADDAD, deduz-se que as suposições de recebimento de vantagem indevida e enriquecimento ilícito não se sustenta.
Por fim, quem o conhece, sabe de sua atuação desde os tempos da antiga Policia Miliar Florestal na década de 1990 em Coxim. Sua dedicação a carreira foi total, sempre sendo elogiado e sem nenhuma punição.
Destruir 30 anos de serviço brilhante baseados em analistas de inteligência que não sabem olhar um SICOE e um Google Maps é triste…
(*) TC QOPM