Devido a aglomeração e som alto vizinhos denunciaram a festa e os policiais foram ao local junto com a equipe sanitária e constataram várias irregularidades, como incitação ao crime, perturbação de sossego, corrupção de menores e resistência
Atendendo denúncias de populares, na madrugada deste domingo, equipe do 2º BPM em operação preventiva sanitária, juntamente com a vigilância sanitária, deslocaram até uma residência localizada na rua João Alves de Freitas, jardim Guaporé. No local estava ocorrendo uma festa clandestina, desrespeitando as normas preventivas em decorrência da pandemia, onde havia grande número de pessoas, além de menores de idade ingerindo bebida alcoólica, situação que configura crime de corrupção de menores.
Além disso, na residência o som estava extremamente alto e diante das circunstâncias, os policiais e a equipe da vigilância sanitária tentaram dialogar a fim de encerrar a sequência de infrações, solicitando a presença do responsável da residência. Porém o mesmo se recusou atender os agentes públicos se trancando com alguns participantes da festa no interior da residência. Apesar do adiantado horário da madrugada, ainda havia crianças de colo e diante da recusa do dono da residência, os agentes públicos entraram no interior do recinto.
AMIGO DAS AUTORIDADES
Após muita insistência, uma pessoa identificada por Edson saiu do interior do imóvel, como sendo o responsável pela festa. Muito exaltada ele disse aos policiais que gostaria de saber o porquê as equipes estavam dentro da residência dele, pois não estava fazendo nada de errado, além disso, era amigo íntimo de juízes, promotores, delegados e até mesmo do comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Três Lagoas.
Quando foi tentado explicar o descumprimento da medida preventiva, o responsável pelo imóvel não aceitou as explicações dos agentes sanitários, falando aos policiais presentes que eram para ir prender verdadeiros vagabundos e traficantes e não um cidadão de bem que estava apenas curtindo a balada.
VOZ DE PRISÃO
Porém os ânimos ficaram mais exaltados quando foi informado ao autor que teria que comparecer até a delegacia de Polícia Civil para ser registrado o boletim de ocorrência. Diante disso, o cidadão informou aos policiais que não iria porque não era ladrão desobedecendo às ordens solicitadas.
Por conta disso, foi dada a voz de prisão pelo comandante da operação, tendo inclusive usar de força moderada devido o cidadão ter resistido a prisão, que foi levado algemado à delegacia.
CINQUENTA MIL
Durante o deslocamento até a delegacia o autor informou aos policiais condutores que estava disposto a gastar “cinquenta mil reais” para prejudicar os militares que os prenderam. Ao chegar à sala de confecção de boletim de ocorrência, o detido passou apertar as algemas, lesionando seus pulsos dizendo a guarnição presente que iria se machucar para acusar a guarnição.
Na delegacia, uma equipe do Conselho Tutelar foi acionada, devido ao envolvimento de menores na ocorrência.
Os policiais apreenderam uma caixa de som JBL camuflada, um narguilé de cor preta, globo de luz, uma carteira de bolso com cartões e R$ 140,00 em moeda corrente e o autor foi entregue a autoridade policial para procedimentos pertinentes com lesões aparentes nos pulsos, devido ao uso de algemas.