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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Pãozinho acumula alta de 7,75% em MS

Dólar alto e aumento de preço de insumos devido ao crescimento da demanda durante a pandemia fez os preços dispararem no estado.

Não foi só o preço do arroz, feijão e óleo que subiu nos últimos tempos. O café da manhã também ficou mais caro. Desde o início do ano a indústria de panificação reajustou o preço do quilo do pãozinho francês em até 7,75%, com o quilo saltando de R$ 12,90 em fevereiro para R$ 13,90 agora, conforme levantamento do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul.

Segundo o Sindepan/MS, a indústria “bem que tentou segurar os preços, mas uma série de fatores levou as padarias de Mato Grosso do Sul a reajustarem o quilo do pão francês”.

Segundo o vice-presidente do Sindepan/MS, Marcelo Alves Barbosa, a indústria da panificação tentou amortizar o reajuste, reduzindo a margem de lucro e até mesmo tentando diminuir alguns custos de produção. “Só a farinha de trigo vem tendo um aumento mensal de 5%, puxada pela alta do dólar. Para se ter uma ideia, o preço de um saco de farinha de 50 quilos passou de R$ 125,00 em janeiro para R$ 150,00 em setembro, um aumento de 20%”, afirmou.

Outros insumos também tiveram uma alta significativa, como a margarina, que saltou de R$ 70 para R$ 150 o balde de 20 quilos e ainda se encontra em falta no mercado. “O segmento de confeitaria sentiu ainda mais o aumento desses insumos, principalmente com relação ao fermento e ao chocolate. E aí não tivemos outra alternativa senão repassar parte desse aumento dos custos para o consumidor final”, destacou Marcelo Barbosa.

Ele ainda explicou que esse aumento foi sentido em quase todos os setores da alimentação devido à elevação do consumo durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Acredito que inicialmente os empresários colocaram um pouco o pé no freio com medo de haver uma queda no consumo, mas aconteceu justamente o contrário, então os insumos acabaram ficando mais caros. O dólar também vem oscilando nesse momento de crise que o mundo passa e tudo isso reflete no nosso mercado, mas acredito que a tendência é de que até o fim deste ano isso os preços se estabilizem”, projetou.

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