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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Operação do GAECO e GARRAS apura crimes de agiotagem e extorsão em MS

Operação “Snowball” faz alusão aos crimes de agiotagem, que transformam a dívida em uma bola de neve; um dos alvos é o vereador campo-grandense Jamil Name Filho

Na manhã desta quarta-feira, 7, GARRAS e GAECO cumpriram quatro mandados de prisão e três de busca e apreensão, no bojo da Operação “Snowball” – 5ª fase da Operação “Omertà”. Um quinto mandado de prisão está pendente, já que o alvo está foragido.

Os mandados judiciais foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Campo Grande, onde tramita o processo em que foram apurados crimes de agiotagem, extorsão majorada pelo emprego de arma de fogo e lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, os indiciados, por meio de agiotagem, emprestaram dinheiro às vítimas, num período de quatro anos e, com cobrança de juros extorsivos, estipularam como crédito um valor milionário, tornando a dívida uma “bola de neve” (“snowball” em inglês, origem do nome dessa fase da operação).

Em seguida, a dívida era indevidamente exigida, por intermédio de “capangas”, que efetuavam ameaças e empregavam armas de fogo e taco de beisebol, no escritório da organização criminosa, local onde um casal de empresários, vítimas do esquema, era constrangido a ceder imóveis e saldar a dívida.

A organização criminosa ainda se utilizava de funcionários para buscar as vítimas e levá-las até o escritório, ou mesmo para ameaçá-las a comparecer a determinado local em determinada data.

Foram indiciados pela força-tarefa da Polícia Civil dois líderes da organização criminosa, além de quatro subalternos do esquema – um deles o vereador de Campo Grande Jamil Name Filho, alvo de busca e apreensão e que, conforme a investigação, participou do esquema conduzindo as vítimas até a presença dos líderes.

Conforme apurado na investigação, o esquema causou prejuízos milionários aos empresários. Um dos bens perdidos para o grupo é uma casa situada no Jardim Monte Líbano, na capital, mesmo local onde, no mês de maio de 2019, GARRAS e BPCHOQUE apreenderam um arsenal de guerra que estava sob cuidados de um Guarda Municipal e, conforme posteriormente apurado, pertencia aos líderes da organização criminosa.

As investigações estão em fase conclusiva. Três dos presos na operação se encontram custodiados no Presídio Federal em Mossoró/RN. Um outro foi capturado em sua residência e encontra-se na sede do GARRAS, aguardando transferência ao presídio estadual. Outro se encontra foragido, com outros mandados de prisão em aberto expedidos em fases anteriores da Operação “Omertà”.

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