O empresário e presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas (ACITL), Fernando Lucas de Souza Jurado, estreou nesta quinta-feira, 3, ao lado do jornalista Ricardo Ojeda, o novo estúdio do Perfil News
Em uma conversa informal, os profissionais falaram sobre a industrialização do município e seu desenvolvimento, turismo local, economia e a comemoração da maioridade do Perfil News, que está completando 18 anos.
Toda a entrevista foi transmitida ao vivo pela fanpage do site e vários internautas puderam interagir com o empresário e o jornalista durante o bate-papo.
CRESCIMENTO DA CIDADE X INDUSTRIALIZAÇÃO
Em ano considerado muito difícil e complicado devido à pandemia do novo coronavírus, que causou uma crise global, Três Lagoas ainda vem destacando a sua pujança devido às empresas de celulose, transformando a cidade na Capital da celulose há alguns anos.
“Devido à parada geral da empresa de celulose Suzano, cerca de 1.400 trabalhadores estão na nossa cidade, movimentando a rede hoteleira, o comércio local, ou seja, girando a economia e fortalecendo-a ainda mais”, destacou Jurado, ressaltando que atualmente a cidade possui as duas maiores empresas produtoras de celulose do planeta.
Ojeda ainda aproveitou para ressaltar a geração de empregos promovida por essas empresas de celulose.
“São quase 11 mil empregos diretos e mais de 25 mil empregos indiretos, somando a Eldorado e a Suzano, números que tem que serem valorizados e sempre destacados de forma positiva pela sociedade’’.
INCENTIVO FISCAL
Questionado pelo jornalista Ricardo Ojeda como atrair mais empresas ao município, Jurado tem um conceito bem formado de como ajudar a aumentar a industrialização da cidade. “O incentivo fiscal foi muito importante para a materialização do que já temos em relação à industrialização de nossa cidade, ou seja, foi o incentivo fiscal que proporcionou que Três Lagoas mudasse sua matriz-produtiva e passasse a ser uma cidade industrial, criando inúmeras oportunidades para os cidadãos. Porém começamos a chegar ao final dos prazos do incentivo fiscal e muitas empresas já pensam em deixar a cidade, como o foi o caso mais emblemático o da Pepsico (antiga Mabel)”, destacou Jurado.
CADEIA PRODUTIVA DA FLORESTA
O empresário continuou ressaltando que nesse momento há necessidade de se fazer uma inversão na política do governo municipal, na forma que a Secretaria de Desenvolvimento atrai indústrias para Três Lagoas.
“Precisamos focar agora, virar o canhão na atração de indústrias que completem a cadeia produtiva da floresta. Devido às empresas de celulose, hoje temos mão de obra de qualidade e matéria prima abundante’’, frisa Jurado.
Segundo o empresário, dessa maneira e com incentivo fiscal às empresas ligadas à floresta, Três Lagoas irá se manter em franco desenvolvimento, gerando mais empregos e renda no município. “Sem falar que estas empresas nunca vão embora da nossa cidade, pois além do incentivo fiscal e uma boa logística ainda tem outras atrações para mantê-las na cidade. Estamos falando agora de sustentabilidade, porque estas indústrias terão motivos para ficar em nossa cidade”, explicou Jurado.
ECONOMIA
Sobre a economia, Jurado foi enfático ao dizer sobre a valorização do comércio local. À frente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas (ACI) lançou uma campanha, principalmente nesse período de grandes promoções para que o consumidor compre no comércio local, fazendo a economia girar. Ele usou um exemplo pessoal para demonstrar a valorização do comércio.
“Precisava comprar um freezer e não vamos ser demagogos em falar que não procuramos preços mais em conta nos vários e-commerce que existem na internet. Mas estava determinado a comprar em Três Lagoas e então comecei a procurar no comércio local. E em uma determinada loja, o atendente afirmou que cobriria o preço caso achasse um melhor. Falei com ele sobre o preço na internet e chegamos a um acordo. Comprei o freezer na minha cidade e no comércio local”, explicou.
Porém a surpresa de Jurado, foi quando o vendedor se identificou, dizendo que já havia comprando um imóvel da 5 Construtora. “Isso é que faz a economia girar. Ele comprou comigo e eu, sem saber devolvi a gentiliza fazendo negócio com ele. É isso que faz a roda da economia girar”, enfatizou.
“É preciso essa conscientização, principalmente em uma época tão difícil, de pandemia, que se deixarmos de comprar no comércio local, estamos impactando de modo negativo a economia. Lojas podem fechar as portas e pessoas podem ser demitidas e fazendo a economia girar, estaremos mantendo o comércio aberto e firmando empregos”, finaliza Jurado.