A Prefeitura de Três Lagoas, juntamente com o Ministério Público e o Imasul querem saber a razão do recuo das águas do Rio Sucuriú, que quase secou a praia do Balneário de Três Lagoas e da região de Castilho.
Em reportagem divulgada ontem, 4, pelo Perfil News, moradores enviaram vídeos que mostravam locais como atracadouros e trapiches quase secos, com recuo de mais de 50m das águas.
Nos vídeos, moradores e trabalhadores da região levantam a hipótese da CTG Brasil ter aberto os vertedouros, causando a seca. A empresa, entretanto, negou que tenha havido vertimento na Usina de Jupiá.
Repercussão
O Promotor do Ministério Público do Meio Ambiente em Três Lagoas, Antonio Carlos Garcia de Oliveira, afirmou hoje em entrevista ao Perfil News que acionará equipes técnicas do MP e fará notificação dos envolvidos, entre eles a CTG, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para entender a razão da seca.
O Prefeito Angelo Guerreiro e o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Celso Yamaguti, estiveram no Balneário na manhã de hoje para conferir de perto da situação. A Prefeitura deve emitir uma nota ainda hoje sobre o assunto.
“Produzir o máximo de energia”
Segundo a chefe do escritório regional do Imasul em Três Lagoas, Délia Javorka, o Diretor Presidente do Imasul, André Borges Barros de Araújo, enviou a ela uma mensagem a respeito da situação. Segundo essa mensagem, a ordem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) seria “produzir o máximo possível de energia pelo período de escassez”, o que causaria impactos no nível de água dos reservatórios.
O Imasul prepara notificações para o Ibama, a Aneel e a Agência Nacional de Águas (ANA) sobre os impactos ambientais que esse tipo de operação está causando na região.
“Não podemos deixar isso passar em branco. A ONS precisa saber que essas reduções de volume e aumento da produção de energia têm um custo ambiental. E quem vai pagar essa conta?”, questionou Délia.