O ano de 2021 tem sido uma retomada para os fruticultores de Mato Grosso do Sul. Após um período de instabilidade devido à pandemia da Covid-19, os produtores rurais atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/MS registraram em culturas como a do limão uma valorização de até 290%, em relação ao preço pago entre janeiro e maio de 2020. Esse é o tema do #MercadoAgropecuário desta semana.
“Há um incentivo para produção e as culturas do limão, banana e goiaba se destacam, pois são espécies com um bom mercado no estado”, explica o coordenador da ATeG em Olericultura, Dorly Pavei.
Em 2020, por exemplo, foram comercializadas 69,7 toneladas de limão entre janeiro e maio, enquanto no mesmo período deste ano foram 95,8 toneladas. Além da quantidade, houve um crescimento no valor comercializado. Enquanto no ano passado o montante atingiu R$ 66,4 mil, em 2021 foi de R$ 259,9 mi, uma valorização de 290%.
“Esse crescimento tem relação com alguns fatores. O consumo tem aumentado, quando comparado ao mesmo período do ano passado, em que estávamos no ápice da pandemia. Esse maior consumo acaba valorizando os produtos no mercado e motiva o produtor, que aumenta a produção, gerando uma maior comercialização e entrada de receita. É um ciclo bastante positivo”, comenta Dorly.
A banana e goiaba foram outras duas culturas com destaque na valorização e com alta no valor comercializado. A banana teve 30% de valorização e a goiaba 75%.
MORANGO SUL-MATO-GROSSENSE
Opção para diversificar a produção e aproveitar uma estrutura já montada de hidroponia, o morango é uma cultura que tem se valorizado e ganhando espaço no estado também.
Entre janeiro e maio de 2020 foram 172 quilos da fruta comercializados por R$ 1,6 mil pelos produtores atendidos pelo Senar/MS. No mesmo período deste ano houve um salto para 232 quilos vendidos por R$ 6,3 mil. Uma valorização de 278%.
“Nessa época do ano as folhosas reduzem e o produtor pode utilizar parte da sua hidroponia para o morango, resultando em uma maior renda e receita. É uma oportunidade de diversificar a produção também”, conclui o coordenador da ATeG.