O movimento de apoio ao laticínio começou em agosto, quando o representante da Abrasel e o presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Kennides Martins, visitaram o laticínio para ouvirem os produtores de leite
Nesta segunda-feira (20/9), uma reunião entre representantes do Laticínio do distrito de Arapuá, o representante da Abrasel (Associação dos Bares e Restaurantes de Três Lagoas) Júnior e integrantes do Instituto Mais Opção, discutiu a cadeia produtiva do leite no município.
Conforme o representante da Abrasel, uma pesquisa realizada recentemente pela instituição apontou que apenas nos estabelecimentos locais são consumidos, em média, 100 mil litros de produtos lácteos por mês. Deste total, 98% são adquiridos fora do município. “Não podemos deixar esse dinheiro ir embora. Isso significa menos impostos e menos empregos”, completa Júnior.
O movimento de apoio ao laticínio começou em agosto, quando o representante da Abrasel e o presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Kennides Martins, visitaram o laticínio para ouvirem os produtores de leite sobre o que falta para eles conseguirem atender à crescente demanda do setor. O principal objetivo é criar um movimento focado no crescimento e no desenvolvimento das empresas do setor gastronômico da região.
Ainda de acordo com a pesquisa realizada junto aos associados da Abrasel, seriam necessários mais de 200 mil litros de produtos lácteos para atender a demanda local. Os produtos esperados são, além do leite in-natura, queijos, nata, manteiga e creme de leite.
O presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas Kennides Martins, aponta que este movimento inicial é somente o começo da estruturação de um projeto que vai ajudar tanto os agricultores, cultivadores e fornecedores a se conectarem com os clientes. “Essa reunião serve para alinhar estratégias junto à Associação do Arapuá, para levantarmos se o laticínio pode atender a demanda local, ou se terão que incrementar a produção”, pontua.
E o presidente da Abrasel completou: “Atualmente, perdemos milhões de reais em compras que são feitas fora da cidade. Temos um problema sério na cadeia produtiva, mão de obra e impostos estaduais excessivos – isso dificulta muito o crescimento e desenvolvimento das empresas locais. Esse dinheiro que vai para outras cidades em investimentos como as distribuidoras, atacadistas e afins deveriam, na verdade, estar concentrados na nossa cidade. As compras de nossos estabelecimentos deveriam ser realizadas localmente – é desta forma que se cria uma economia sustentável”, finaliza Júnior.
(*) Rogério Potinatti – Assessoria de Comunicação