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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Produção industrial apresentou estabilidade na maioria das empresas de MS em junho

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 11 de julho e ouviu 85 empresas, ou 4,6% da amostra nacional, sendo 39 pequenas, 35 médias e 11 grandes

A atividade industrial de Mato Grosso do Sul apresentou uma acomodação na passagem entre os meses de maio e junho, segundo avaliação feita pelos respondentes da Sondagem Industrial do Radar Industrial da Fiems. No atual levantamento, 60% das empresas industriais do Estado apontaram estabilidade na produção, enquanto 17% reportaram crescimento na comparação com o mês imediatamente anterior.

Quanto à utilização da capacidade instalada, 74% dos empresários industriais disseram que ela esteve igual ou acima do usual para o mês. Já a utilização média da capacidade total de produção encerrou o mês em 73%.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, em relação às principais dificuldades enfrentadas no segundo trimestre de 2022, a falta ou alto custo da matéria-prima permanece como o principal desafio apontado pelos respondentes, seguido da alta taxa tributária, falta de trabalhador qualificado, taxas de juros elevadas e a demanda interna insuficiente.

“Contudo, para os próximos seis meses as expectativas seguem positivas, ou seja, os empresários industriais de Mato Grosso do Sul estão otimistas e esperam crescimento da demanda por seus produtos e aumento das contratações. Com essa combinação, os índices de confiança e intenção de investimento permanecem em patamares positivos e acima da média histórica obtida para o mês”, afirmou Ezequiel Resende.

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 11 de julho e ouviu 85 empresas, ou 4,6% da amostra nacional, sendo 39 pequenas, 35 médias e 11 grandes dos seguintes segmentos: produtos alimentícios, produtos de metal, produtos têxteis, confecção de artigos do vestuário e acessórios, produtos de material plástico, produtos de minerais não metálicos, químicos, máquinas e equipamentos, extração de minerais não metálicos, biocombustíveis, produtos de borracha, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, bebidas, couros e artefatos de couro, produtos de madeira, metalurgia, extração de minerais metálicos, atividades de apoio à extração de minerais, calçados, impressão e reprodução de gravações, produtos de limpeza, produtos farmoquímicos e farmacêuticos e móveis.
 
Maioria dos empresários espera aumento ou estabilidade na demanda por seus produtos

Para os próximos seis meses a partir de julho, 48,3% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses. Por outro lado, para o mesmo período, 5,9% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 44,7% do total.

Com relação ao número de empregados, em julho, 28,2% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses. Por outro lado, 7,1% acreditam que esse número deve cair, enquanto 63,5% das empresas esperam manter o número de funcionários estável.

Além disso, em julho, o índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou em 62 pontos, indicando aumento de 3,6 pontos sobre o mês anterior e de 10,3 pontos em relação à média histórica obtida para o mês. No atual levantamento 66,0% das empresas industriais disseram que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses. Os resultados variam de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir.

Confiança dos empresários industriais segue em patamar positivo

A Sondagem Industrial também avaliou o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que em junho alcançou a marca de 61,5 pontos, indicando aumento de 6,5 pontos em relação à média histórica obtida para o mês.

“Em geral, a confiança do empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue num patamar positivo, principalmente por conta do otimismo projetado para os próximos seis meses, especialmente em relação ao desempenho esperado para a própria empresa. O indicador permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, sinalizando que o empresário industrial do Estado segue confiante”, explica o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Ainda de acordo com a pesquisa do Radar Industrial da Fiems, em julho, 24,7% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram. No caso da economia estadual, a piora foi apontada por 21,2% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 14,1% dos respondentes.

Já para 51,8% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 54,1% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 56,5%.

Por fim, para 21,2% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram. Já em relação à economia estadual esse percentual ficou em 22,4% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 27,1%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 2,4%.

Expectativas para os próximos seis meses

Em julho, 14,2% dos respondentes da Sondagem Industrial disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 9,4% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 5,9% dos empresários.

Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 36,5%, já em relação à economia do estado esse percentual alcançou 42,4% e, a respeito da própria empresa, 31,8% disseram que a situação deve permanecer igual.

Por fim, 47,1% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar. Já em relação à economia estadual, o resultado ficou em 45,9% e, no caso da própria empresa, 60,0% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 2,4%.

Assessoria


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