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Três Lagoas
terça-feira, 26 de novembro de 2024

Acidentes disparam na BR-262 entre o trecho de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo

Milhares de moradores estão sendo atraídos pelas vagas de emprego e o número de motoristas nas rodovias também cresceu

O desenvolvimento chegou em Três Lagoas e região. Com várias fábricas de celulose e a instalação de novas empresas do setor, milhares de pessoas chegam aos municípios em busca de uma nova oportunidade de trabalho. Apesar de a economia disparar, os pontos negativos também aumentam, entre eles, os acidentes nas rodovias.

Um exemplo é a BR-262. A via liga as cidades de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo. Ambas as cidades terão um total de quatro fábricas de celulose e milhares de novos moradores precisando ter acesso à rodovia que é a única ligando os dois municípios.

No total, são 230 quilômetros que separam as cidades. Em alguns trechos, a rodovia está ‘um tapete’, mas em outros, o motorista precisa ser experiente e cauteloso para evitar acidentes.

Acidentes disparam na BR-262 entre o trecho de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo

TRECHO CRÍTICO

Parte do trecho entre o Córrego do Pombo e a cidade de Água Clara está com vários buracos e falta de acostamento que podem resultar em acidentes ou outros problemas mecânicos aos veículos. Com o aumento da população, a rodovia deve ficar cada vez mais perigosa.

Acidentes disparam na BR-262 entre o trecho de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo

Quando ocorreu a implantação das fábricas de celulose em Três Lagoas, a cidade teve um enorme crescimento populacional. Pessoas de todo o país fizeram do município os seus novos lares. O mesmo está acontecendo em Ribas do Rio Pardo que deve inaugurar uma nova empresa do mesmo setor nos próximos anos.

MIGRAÇÃO

A fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo começou a ser construída e o número de empregos já atraindo milhares de novos moradores para município. Com isso, o número de acidentes nas rodovias também teve um considerável aumento.

IMPRUDÊNCIA

Grande parte dos acidentes são consequência da imprudência dos motoristas que abusam da velocidade ou que realizam ultrapassagens em locais proibidos. Quem trafega pela rodovia ressalta que não é muito difícil presenciar colisões, principalmente nos trechos que a via não tem acostamento.

TRISTE OCORRÊNCIA

Nesta semana, uma família morreu após o carro que levava pai, mãe e filho, bater em um caminhão. A fatalidade aconteceu nesta última segunda-feira (29), em um dos trechos da BR-262. Os veículos trafegavam pela rodovia em sentidos contrários. A causa do acidente não foi identificada, mas pelas circunstâncias há suspeita de que um dos motoristas tenha dormido ou perdido o controle da direção em uma curva.

AUMENTO NA ESTATÍSTICA

Ribas do Rio Pardo e a Capital de Mato Grosso do Sul também são próximas uma da outra. Menos de 100 quilômetros separam os dois municípios. O trecho entre as cidades tornou um novo foco de acidentes no Estado. Segundo dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), foi registrado um aumento de 80% só nos primeiros meses de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado.

Acidentes disparam na BR-262 entre o trecho de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo

Conforme a PRF, a instalação de novas atividades econômicas na região — ligadas ao plantio de eucalipto e fábricas de celulose — influencia o aumento do fluxo de veículos e, consequentemente, o maior número de acidentes.

OFÍCIO

Os acidentes graves tiveram um aumento de 300%. Em janeiro deste ano, a Prefeitura e Ribas do Rio Pardo encaminhou um ofício ao Ministério da Infraestrutura, com pedido de apoio para que “sejam criados mecanismos para diminuir e minimizar os problemas gerados na referida rodovia junto ao Governo Federal”.

RELATÓRIO DA PRF

Um relatório (veja abaixo) com os “piores trechos e com maiores índices de acidente” foi elaborado pela PRF, a pedido do município.

Conforme o ofício, o trecho Campo Grande – Três Lagoas é rota de caminhões tritrem com carregamento de madeiras de eucalipto, além de caminhões bitrem que transportam minério de ferro, saindo da cidade de Corumbá, com destino a São Paulo e Minas Gerais.

Acidentes disparam na BR-262 entre o trecho de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo

DUPLICAÇÃO

No pedido enviado ao Ministério, o prefeito solicitou a duplicação de todo o trecho Campo Grande – Três Lagoas e a instalação de duas passarelas de pedestres nos quilômetros 240 e 236. Além destas, outra forma de reduzir o número crescente de acidentes seria a instalação de semáforos no trecho principal da cidade, rota de veículos leves, caminhões pesados, motocicletas e pedestres, “já que a BR-262 ‘corta’ a cidade no sentido leste-oeste”.

RODOVIA TRANSVERSAL

A BR-262 é uma rodovia transversal brasileira que interliga os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em junho deste ano, o Governo Federal investiu R$ 157,3 milhões nas BR-158 e BR-262. A ex-ministra, deputada federal e candidata ao Senado, Tereza Cristina (PP) assinou termo de investimento junto ao ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.

Segundo o Ministério, os repasses são para melhorar o fluxo rodoviário e impulsionar o agronegócio em Três Lagoas.  O investimento garante obras em 26,46 quilômetros de rodovias, que vão diminuir o fluxo viário de cargas e passageiros. Além disso, será ampliada a conectividade de produtores sul-mato-grossenses, que poderão escoar os produtos até os portos de Santos e Paranaguá.

Conforme o Ministério, o projeto foi elaborado para melhorar a infraestrutura rodoviária local. Assim, as obras devem interligar a BR-158, na saída para Brasilândia e Selvíria, e a BR-262, em Campo Grande.

O contorno rodoviário em Três Lagoas vai retirar o fluxo de veículos de carga da área urbana, na altura da avenida Ranulpho Marques Leal em Três Lagoas. Com as alterações, é estimado que o número de acidentes caia.

Vale lembrar que a rodovia BR-262 segue desde a divisa com o estado de São Paulo até Corumbá, na fronteira do Brasil com a Bolívia. Assim, a rota permite que os produtos de MS cheguem até os portos de Santos e Paranaguá. Já a BR-158/MS é fundamental para escoamento de produtos da agropecuária do Estado.

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