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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Desesperados com ações de criminosos, moradores do Bairro Véstia pedem socorro às autoridades

Por medo de represálias, os moradores preferiram não se identificar nesta reportagem, mas adiantam que bandidos foragidos e até traficantes estão preferindo se esconder em lugares considerados pacatos e sem policiamento

Guadalupe do Alto Paraná, popularmente conhecido como Bairro Véstia, é um distrito do município de Selvíria, no Mato Grosso do Sul. O local tinha tudo para ser pacato, mas segundo a população não é o que vem acontecendo. Devido à falta de segurança, os moradores estão virando ‘alvos fáceis’ de criminosos.

Localizado ao norte do Rio Sucuriú, via BR-158, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do ano 2.000, o bairro distante três quilômetros de Selvíria, tem aproximadamente 600 moradores, mas após mais de 20 anos do levantamento, a população certamente aumentou.

Quem mora na região diz não ter um dia de sossego. Por ser uma área que também faz divisa com o Estado de São Paulo, o distrito não tem reforço policial, fator que fazem os criminosos invadirem casas e comércios sem se importarem com a Justiça.

MEDO

Por medo de represálias, os moradores preferiram não se identificar nesta reportagem, mas adiantam que bandidos foragidos e até traficantes estão preferindo se esconder em lugares considerados pacatos e sem policiamento.

“A cidade de Selvíria por ser divisa de estado é um cenário perfeito para a criminalidade, tendo em vista que o município conta apenas com uma delegacia da Polícia Civil, na qual abriga a guarnição da polícia militar que tem apenas uma equipe de no máximo três policiais. Os militares dispõem de apenas uma viatura para fazer a ronda em Selvíria e em Véstia”, explicou uma moradora.

Ainda de acordo com a população, apenas o efetivo informado não é suficiente para atender toda a comunidade que fica desprotegida. Os criminosos sabendo da situação acabam ‘deitando e rolando’ sem medo. 

“Os moradores da região estão sentindo o aumento dos roubos na pele. Quase diariamente os crimes são registrados em Véstia. Os criminosos não se importam com o horário e roubam até em plena luz do dia. Eles estão roubando tudo que veem pela frente”, desabafou.

AGRESSÃO

Como se não bastasse roubar os pertences da população, agora os bandidos estariam agredindo os moradores fisicamente, além de realizarem uma séria de ameaças.

“Existem criminosos que mesmo com várias passagens policiais ficam impunes. Às vezes eles são detidos, mas já ganham a liberdade no dia seguinte e voltam a cometer os mesmos crimes. Isso faz com que a população fique desacreditada na polícia. Muitos roubos não são feitos B.Os porque os moradores sabem que não adianta”, contou uma leitora do Perfil News.

Cansados da impunidade, alguns moradores já chegaram a fazer ‘justiça com as próprias mãos’.

“Alguns moradores mais corajosos acabam batendo nos bandidos, outros sabem os locais onde os criminosos se escondem e sem a polícia vão ao lugar em busca dos seus pertences. Infelizmente muita gente se sente impotente, sem nada poder fazer, apenas contar com a proteção de Deus”.

APELO

A população do distrito faz um apelo ao Poder Público para levar segurança ao local para que os moradores voltem a ter uma vida tranquila.

“Sabemos que o boletim de ocorrência é importante para que políticas públicas possam ser realizadas na localidade, mas se as próprias autoridades não fazem nada e os políticos da administração municipal não se empenham. A população vai ficando a mercê, enquanto isso, as autoridades analisam os dados de que não houve número significativo de BO e acham que está tudo tranquilo. Precisam analisar a fundo para ver que toda a região só tem uma delegacia. A quantidade de delegados que passam por lá também é enorme e os servidores costumam ficar um curto período de tempo, pois são transferidos para outras localidades devido à influência política. Peço encarecidamente que os órgãos de segurança de uma atenção a essa cidade. Queremos que a população siga a sua vida com segurança, conseguindo trabalhar, e quando voltar, usufruir dos seus bens que conquistou com tanto esforço”.

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