Desde a semana passada os manifestantes estão concentrados em pontos da cidade, sendo primeiramente na BR-262 e agora, se encontram em frente a sede da 3ª Bateria de Artilharia Antiaérea, na avenida Capitão Olinto Mancini
A lista de manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais deve contar com mais de 200 empresas nesta segunda-feira (7) em Três Lagoas. Desde a semana passada os manifestantes estão concentrados em pontos da cidade, sendo primeiramente na BR-262 e agora, se encontram em frente ao quartel Exército Brasileiro – 3ª Bateria de Artilharia Antiaérea, na avenida Capitão Olinto Mancini.
Os manifestantes insatisfeitos com a atual conjuntura política no Brasil e principalmente com o resultado da eleição presidencial montaram ‘QG’ em frente ao quartel. Com muitas famílias reunidas, a orientação para quem participa é ‘estar em vigília pacificamente’. As ruas não estão interditadas.
AVENIDA OLINTO MANCINI
A Avenida praticamente corta a cidade e frente ao quartel foi fechado uma das vias para melhor acomodar os manifestantes. No último final de semana uma multidão esteve no local.
Na lista de adesões que prometem engrossar a ‘vigília’ nesta segunda-feira estão empresas representativas dos mais variados setores, como produtores rurais, comerciantes, concessionária de veículos, restaurantes, loja de roupas e calçados e até escritório de arquitetura.
Algumas empresas fecharam as portas e outras funcionaram apenas de forma interna, porém, sem dispensar os funcionários. Os comércios não atenderam clientes nesta segunda-feira. Os comerciantes estão contribuindo com a manifestação levando alimentos para quem permanece acampado no local.
Os manifestantes de Três Lagoas prometem ficar no local até o relatório que o Exército entregará nesta terça-feira ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ministro Alexandre de Moraes. Alguns protestantes prometem ainda continuarem o manifesto todo o resto do mês de novembro e outros pretendem algo mais radical como fechar a cidade.
PELA LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO
A advogada Simone Siqueira, diz estar descontente com o processo das eleições. “Não é sobre Lula, tampouco Bolsonaro, mas pela liberdade de manifestação e para termos a certeza de que o processo eleitoral representa a vontade da maioria. Como pode o TSE não responder a dúvida a respeito de urnas com zero votos? Como pode silenciar ao questionamento popular, se o poder emana do povo, sobre ter mais votos do que eleitores registrados em determinadas seções eleitorais? Eu gostaria destes esclarecimentos. Isso não é política partidária, mas exercício de um direito fundamental que tem sido cerceado pelo Ministro Alexandre de Moraes. Se não lutarmos por nosso direito de questionar pacificamente, o que nos resta? Obedecer a quem está no poder? O poder é do povo ordeiro”, disse.
MANIFESTAÇÕES EM MATO GROSSO DO SUL
As manifestações estão acontecendo em várias cidades de Mato Grosso do Sul. O protesto nas proximidades do Aeroporto de Dourados acontece desde a quarta-feira (2), quando movimento inicial reuniu cerca de 30 mil pessoas e mais de 15 km de carreata, estimou organização.
Manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais fizeram um buzinaço na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, na manhã desta segunda-feira. Caminhões e carros de passeio seguem em direção à Avenida Duque de Caxias, onde manifestantes concentram atos de protesto há oito dias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste).
NA CAPITAL
Com bandeiras do Brasil, dezenas de veículos pesados e de passeio fazem percurso lento na Afonso Pena e também em outras avenidas da cidade, como a Cônsul Assaf Trad. Todos seguem em direção à Avenida Duque de Caxias.
Empresários que aderiram a movimento batizado de ‘greve geral’ fecharam as portas nesta segunda-feira (7) e incentivam funcionários a ir para as ruas participar dos atos.
Em Mato Grosso do Sul, estabelecimentos de empresários ligados ao agronegócio são maioria no dia sem expediente.