A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) divulgou nota declarando que não teria expediente nesta segunda-feira (7) “em apoio às manifestações que estão ocorrendo em todo o Brasil”.
Em frente a unidades do Exército do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Campo Grande e Três Lagoas, manifestantes contestam o resultado das eleições do último dia 30 de outubro, quando Luiz Inácio Lula da Silva ganhou as eleições com 50,90% dos votos.
Antes do último resultado, as eleições eram contestadas por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, com a derrota do candidato pela primeira vez em 30 anos, ou seja, desde a sua primeira candidatura, apoiadores dele foram às ruas em protesto.
TSE
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se manifestou por meio de nota do presidente, ministro Alexandre de Moraes. “As eleições acabaram, o segundo turno acabou democraticamente no último domingo (30). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proclamou o vencedor. O vencedor será diplomado até dia 19 de dezembro e tomará posse no dia 1º de janeiro de 2023. Isso é democracia. Isso é alternância de poder. Isso é estado republicano. Não há como se contestar um resultado democraticamente divulgado, com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, com movimentos criminosos que serão combatidos e os responsáveis por esses movimentos antidemocráticos serão apurados e responsabilizados com base na lei.”
Moraes enfatizou que “a democracia venceu novamente no Brasil” e parabenizou os servidores da Justiça Eleitoral em todo o país e, principalmente, “as eleitoras e os eleitores que, em sua maioria massacrante, são democratas, acreditam na democracia, acreditam no estado de direito, compareceram, votaram em seus candidatos e aceitaram democraticamente o resultado das eleições”, ressaltou.
Instituições do agro lideram paralisação em MS
Além da Famasul, a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de MS) e a Fundação MS divulgaram em suas redes sociais que não haverá expediente hoje em “apoio às manifestações pacíficas e ordeiras que estão ocorrendo em todo o Brasil”.
Sindicatos rurais seguem a decisão das federações e associações e também interromperam os atendimentos nesta segunda em algumas cidades de Mato Grosso do Sul, como é o caso de Naviraí e Coxim.
Empresários do setor agropecuário também decidiram fechar as portas nesta segunda. Empresas de todo o Estado divulgaram no fim de semana que irão aderir à “greve geral”, como os manifestantes têm chamado a paralisação.