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sexta-feira, 19 de julho de 2024

MPGO deflagra operação em busca de empresários que falsificavam documentos em nome de mortos para grilar terras

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), com o apoio da Polícia Civil, deflagrou na manhã desta segunda-feira (10), em Formosa (GO), a Operação Escritório do Crime.

As investigações, que iniciou há cerca de seis meses, busca prender falsos empresários da região após o dono de dois lotes no município goiano perceber uma fraude na documentação de venda de suas terras.

Para a vítima, o empresário D’Artagnan Costamilan, 72 anos, teria simulado a negociação dos terrenos com documentação de pessoas falecidas há mais de 15 anos.

Os registros pertenciam a parentes do homem que denunciou a prática ao MPGO na ocasião.

Na operação ainda foram cumpridos, 11 mandados de busca e apreensão em escritórios e residências de outros cinco alvos envolvidos no esquema.

Esquema criminoso

Mesmo sendo alvo de um mandado de prisão preventiva na ação contra grilagem, D’Artagnan segue foragido e foi visto pela última vez no Rio Grande do Sul.

Segundo o MPGO, afim de dificultar a descoberta da fraude, o empresário registrou o documento forjado em Niquelândia (GO), localizado a cerca de 315 km de Formosa. Lá, de acordo com o MPGO, tinha conchavo com o cartorário do município.

Segundo as investigações, o empresário planejava construir um segundo condomínio de luxo na área dos terrenos alvos de grilagem.

O grupo é investigado pelas práticas de grilagem, corrupção, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.

Outros Integrantes

Nilson Ribeiro dos Santos é apontado como principal articulador do esquema.

Já Alessandro de Sousa Oliveira é procurador e teria participado da comissão fundiária da Câmara dos Vereadores de Formosa, em 2019, que deu parecer favorável para que uma área pública fosse registrada em favor do empresário.

Angelita Rossi Giuliani é empresária do ramo imobiliário. Sua residência e escritório foram alvo de busca e apreensão.

Anderson Juvenal de Almeida operava como corretor de imóveis. Seu escritório e residência também foram alvos de mandados de busca e apreensão.

Carlos Emerson Nunes de Freitas foi apontado como ex-registrador de imóveis de Niquelândia. A residência e escritório dele foram alvos de mandados de busca.

Agentes, ex-agentes públicos e ex-vereadores da comissão fundiária da Câmara de Vereadores de Formosa também estariam envolvidos no esquema de grilagem, segundo as apurações.

Na próxima fase da investigação, as equipes analisaram o material apreendido e poderão oferecer denúncia contra os investigados.

Se condenados, os acusados podem pegar penas superiores a 20 anos de prisão.

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