De janeiro a junho de 2023, a receita com exportação dos produtos industriais de Mato Grosso do Sul superou a marca dos US$ 2,592 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. A pesquisa mostra que este é o melhor resultado já alcançado para o primeiro semestre em toda a série histórica. A receita obtida até agora, em 2023, cresceu 8% em relação ao mesmo período de 2022.
Com relação ao desempenho verificado em junho, o valor da exportação de produtos industriais alcançou US$ 479,5 milhões, indicando crescimento de 4% em relação ao mesmo mês de 2022. Esse foi o melhor resultado já registrado para o mês em toda a série histórica da exportação de produtos industriais de Mato Grosso do Sul.
“Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 49% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Já no acumulado do ano, a participação também ficou em 49%”, destacou o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende.
Grupos que apresentaram maior participação nas receitas de exportação
De acordo com o economista, os segmentos industriais que apresentaram maior participação nas receitas de exportação foram “Celulose e papel”, “Complexo frigorífico” e “Óleos vegetais e demais produtos de sua extração”, respondendo por 78% do total no período entre janeiro e junho.
No grupo “Celulose e papel”, a receita com exportações de industrializados alcançou em junho deste ano US$ 142,5 milhões. Já no acumulado de janeiro a junho, o valor foi de US$ 776 milhões. Os principais produtos exportados foram pastas químicas de madeira (celulose) e os principais compradores foram China, Estados Unidos, Holanda, Itália e Argentina.
Quanto ao grupo “Complexo frigorífico”, as exportações atingiram em junho US$ 116,1 milhões, enquanto que no acumulado do ano, o valor chegou a US$ 674,1 milhões. Os principais produtos comercializados foram carnes desossadas congeladas de bovino, pedaços e miudezas congelados de frango, carnes desossadas e refrigeradas de bovino e carne de suíno congelada. Os principais importadores foram China, Estados Unidos, Chile, Japão e Emirados Árabes.
Já com relação ao grupo “Óleos vegetais e demais produtos de sua extração”, a receita com exportações foi de US$ 106,7 milhões em junho e de US$ 564,1 milhões no primeiro semestre. Os principais produtos exportados foram bagaços e resíduos da extração do óleo de soja, farinhas e pellets da extração do óleo de soja, óleo de soja bruto, óleo de soja refinado, farelo de milho e óleo de milho bruto. Os principais países compradores foram Polônia, Holanda, Índia, Indonésia e Venezuela.
Sonora com Ezequiel Resende, economista-chefe da Fiems: