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domingo, 21 de julho de 2024

Na 3ª Celac e da União Europeia, Lula desvia propostas e passa atacar crescentes gastos militares no mundo

Mesmo indo a 3ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia, em Bruxelas, capital da Bélgica, para tratar de propostas ambientais, energéticas, defesa, combate à fome, crimes transnacionais e a conclusão do acordo de livre-comércio entre os países do bloco europeu e do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou a língua e aproveitou a abertura da reunião de cúpula,, nesta segunda-feira (17), para atacar os crescentes gastos militares das economias desenvolvidas enquanto, para ele, a fome aumenta no mundo.

Segundo o site Estado de Minas, sobre o livre-comércio, Lula deverá ainda discutir o posicionamento brasileiro em relação às últimas exigências do bloco europeu para aprovar a assinatura do tratado.

Vale ressaltar, que o bloco europeu exige a previsão de multas em caso de descumprimento de obrigações ambientais.

Sobre a fome no mundo, Lula disparou na abertura: “Apenas em 2022, em vez de matar a fome de milhões de seres humanos, o mundo gastou US$ 2,24 trilhões para alimentar a máquina de guerra, que só causa mortes, destruição e ainda mais fome”, disse.

Lula aproveitou uma informação da Organização das Nações Unidas (ONU) de que 735 milhões de pessoas não têm o que comer, das quais 21,1 milhões estão no Brasil.

Diante dos dados da ONU, o líder brasileiro disse que é preciso disposição para se chegar a um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia.

“Precisamos superar os grandes desafios que temos diante de nós, e isso implica mudanças sistêmicas profundas. Dividir o mundo em blocos antagônicos seria uma insensatez.”

“A guerra na Ucrânia é mais uma confirmação de que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não atende aos atuais desafios à paz e à segurança. Seus próprios membros não respeitam a Carta da ONU”, assinalou o presidente, reforçando que, o Brasil repudia veementemente o uso da força como meio de resolver disputas e sanções comerciais.

“O Brasil apoia as iniciativas promovidas por diferentes países e regiões em favor da cessação imediata de hostilidades e de uma paz negociada. Recorrer a sanções e bloqueios sem o amparo do direito internacional serve apenas para penalizar as populações mais vulneráveis”, frisou.

Ele ainda reclamou que os países ricos ficaram de destinar, a partir de 2009, US$ 100 bilhões por ano às nações em desenvolvimento para compensar “o mal que causaram ao planeta”, mas a ajuda nunca chegou.

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