A assessoria do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou nesta segunda-feira (17) ao site Metrópoles que as imagens da suposta agressão ao ministro Alexandre de Moraes e aos seus familiares, ocorrida durante uma viagem à Itália, chegam para análise no Brasil até a próxima sexta-feira (21).
Na última sexta-feira (14), Moraes disse que foi hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto de Roma e que o filho, Alexandre Barci Moraes Filho, teria sido agredido fisicamente.
Moraes retornava ao Brasil com a família após palestrar no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena.
Os envolvidos
Os envolvidos no ataque foram identificados como Andreia Munarão, Alexandre Zanatta e o empresário Roberto Mantovani Filho, de 71 anos,. Todos negaram a versão de agressão ao filho de Moraes.
A Polícia Federal (PF), a família disse que foi abordada por uma mulher identificada como Andreia Munarão, que xingou o ministro de “bandido, comunista e comprado”.
O marido de Andreia, o empresário Roberto Mantovani Filho, 71 anos, juntou-se a ela. Foi Mantovani quem teria agredido fisicamente o filho do ministro. O casal vive em Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo.
Em depoimento à PF, Alex Zanatta Bignotto, genro de Roberto Mantovani, negou ter proferido ofensas ao magistrado. A informação é do advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, que representa os três suspeitos.
“Não houve nada direcionado ao ministro, não houve ofensa, eles negam isso”, afirmou o advogado.
Segundo ele, seus clientes apenas testemunharam Alexandre de Moraes sendo ofendido por outras pessoas dentro do aeroporto, enquanto aguardavam para acessar a sala VIP.
A Polícia Federal (PF) solicitou, nesta segunda-feira (17), os registros das câmeras de segurança do aeroporto, via canais de cooperação internacional.
A expectativa é que o material sirva para eliminar o conflito dos depoimentos dados pelos envolvidos.
Repercussão do caso
A suposta agressão que o filho do ministro Alexandre de Moraes (STF), Alexandre Barci Moraes Filho, teria sofrido em um aeroporto de Roma foi desmentida nesta segunda-feira (17) e ganhou uma nova versão na mídia por um homem que estava no mesmo local.
De acordo com o servidor da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, João Candido da Costa Neto, que presenciou a confusão, não foi o idoso Roberto Mantovani de 71 anos quem agrediu o Alexandre Barci, mas teria sido o filho do ministro quem agrediu o idoso sob a presença de dezenas de testemunhas na fila do voo.
Nas redes sociais, Candido disse que não foram apenas Mantovani, sua filha e genro que hostilizaram o ministro do STF, mas muitas pessoas que estavam na fila chamavam Alexandre de Moraes de “advogado do PCC, ditador e criminoso”.
Candido disse ainda, que a família Mantovani estava próxima ao ministro quando Alexandre Barci teria empurrado algumas pessoas na fila e teria derrubado no chão, por duas vezes, Roberto Mantovani, de 71 anos.
Em depoimento à Polícia Federal, o idoso e o genro negaram a suposta agressão por parte deles ao filho do ministro.
A testemunha disse ainda, que só as imagens de câmera de segurança do aeroporto podem contestar a versão contada pelo filho do ministro.