15.9 C
Três Lagoas
domingo, 21 de julho de 2024

Empresa que bancou viagem e promoveu evento em que Moraes participou na Itália foi condenada por fake news, diz reportagem

Uma reportagem divulgada pela TV Band e confirmada pelo Metrópoles informaram nesta quarta-feira (19) que empresa goiana, que promoveu e patrocinou a palestra que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu na Itália na semana passada, foi condenada por fake news relacionadas ao kit Covid.

Segundo a matéria divulgada pela TV, o evento acadêmico “Fórum Internacional de Direito” que aconteceu na Universidade de Siena, na região italiana da Toscana, foi promovido pela Alfa Escola de Direito e pela Unialfa, ambas de Goiás.

A matéria informa ainda, que as duas instituições privadas de ensino pertencem ao Grupo José Alves, que também é dono da empresa farmacêutica Vitamedic, que produz a ivermectina no Brasil.

A investigação

Em maio deste ano, o Grupo José Alves e a Unialfa foram condenados pela Justiça Federal no Rio Grande do Sul por danos morais coletivos e à saúde.

As investigações da justiça recaem sobre as empresas bancarem uma publicação, em fevereiro de 2021, de um informe publicitário em diversos meios de comunicação com o título “Manifesto Pela Vida”.

O texto defendia o chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19, usando remédios sem nenhuma eficácia comprovada contra o coronavírus, como cloroquina e ivermectina.

Sentença e CPI

Na sentença, informa o MP, a entidade Médicos Pela Vida (Associação Dignidade Médica de Pernambuco – ADM/PE), e as empresas Vitamedic Indústria Farmacêutica, Centro Educacional Alves Faria (Unialfa) e o Grupo José Alves foram condenados ao pagamento de R$ 55 milhões por danos morais coletivos e à saúde.

A Vitamedic, segundo o processo, viu seu lucro anual ir de R$ 15 milhões para R$ 500 milhões durante os anos de pandemia, graças à venda de ivermectina.

Por causa desse faturamento e da defesa do “tratamento precoce”, Jailton Batista, diretor-executivo da Vitamedic, foi convocado a depor na CPI da Covid em agosto de 2021.

Na volta do evento, esta semana, no aeroporto de Roma, Moraes e familiares se envolveram no episódio que resultou no inquérito da Polícia Federal sobre uma suposta agressão.

Até o fechamento desta matéria, segundo a TV Band e o Metropoles, o ministro não se manifestou sobre as acusações.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.